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A SÃO PAULO DE DÓRIA
Aumento do limite de velocidade das marginais leva a mais acidentes em São Paulo
Letícia Parks

Depois da volta dos limites de velocidade das marginais a números exorbitantes, os acidentes de trânsito voltam a ameaçar a população. Mas quem é o Secretário de Transportes por trás do programa Marginal Segura?

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O prefeito Dória, da cidade de São Paulo, enfiou goela abaixo os novos limites de velocidade, que vão contra orientação das agências de trânsito e de todas as pesquisas de acidentes, que apontavam o quanto a diminuição do limite de velocidade implementado por Fernando Hadad (PT) havia feito com que se reduzissem os números de acidentes de trânsito nas marginais.

A verdade é que nos horários onde a maioria da população faz uso das marginais, elas são um verdadeiro caos, fruto da desorganização do transporte urbano, que favorece o lucro das montadoras e das extratoras de petróleo em detrimento da economia de recursos naturais e da saúde da população, que resultariam por exemplo de maiores malhas ferroviárias e de um conjunto de medidas que melhorassem o atendimento de transporte público à população.

A situação das marginais ao longo do dia é irreversível a partir de uma alteração medíocre como a mudança do limite de velocidade, que em realidade só se aplica em horários de baixo uso das marginais, ou seja, durante as noites e madrugadas, registrando nesses horários, portanto, um aumento absurdo do total de acidentes com vítima em comparação com a mesma época do ano passado: 102 agora e 64 em Fevereiro de 2016.

O Secretário de Transportes de Dória, Sérgio Avelleda, que assinou o programa Marginal Segura, é uma figura totalmente questionável. Vale lembrar que em 2014, quando ainda era presidente da CPTM e do Metrô, assinou a demissão de 42 trabalhadores metroviários durante a greve, demissão que foi considerada ilegal e contra qual os trabalhadores ainda lutam, exigindo suas reintegrações. Avelleda também esteve por trás do esquema de licitações fraudulentas que denunciamos nesse Diário, que envolviam a construção de novas linhas de metrô e trem e o interesse de dezenas de cooporações, dentre elas Siemens, OAS, Alstom e Camargo Corrêa.

Quando vemos Avelleda afirmando que a gradação de velocidades garantiria um controle dos acidentes, na verdade precisamos ouvir: vamos aumentar o número de acidentes para favorecer a venda de autopeças que enriquece tanto as montadoras. Pois é, até com nossas mortes e debilitações físicas o capitalismo lucra.

 
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