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ODEBRECHT E TEMER
Em depoimento ao TSE Odebrecht cita propina envolvendo Temer
Fabricio Pena - estudante de sociais da UFRGS

No depoimento que prestou nesta quarta-feira, dia 1º, à Justiça Eleitoral, o empresário Marcelo Odebrecht cita que 4/5 das doações da empreiteira Odebrecht para a campanha da chapa Dilma-Temer foram feitas por caixa dois.

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Toda a trama se desenvolve em torno as eleições de 2014, onde o montante acordado com a empreiteira para a chapa era de R$ 150 milhões. Dentro desta fortuna está uma das partes que a justiça considera legal, R$ 50 milhões para a aprovação da Medida Provisória do Refis, encaminhada em 2009, que beneficiaria diretamente a Braskem, da qual a empreiteira é controladora. Até aí nada é apontado como ilegal pela Justiça.

A parte considerada ilegal pela Justiça é onde cita o "auxílio financeiro" ao PMDB, no valor de R$ 10 milhões. Na delação de Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, menciona que Temer teria pedido, durante jantar no Planalto, "auxílio financeiro" para a sigla. Segundo Marcelo, o acordo teria sido feito antes do jantar, entre o senador Padilha e o executivo Melo.

Tentando relativizar o fato, Marcelo, em seu depoimento ontem, afirma que Temer nunca mencionou tal doação, que ficou sabendo por Melo e Padilha apenas após o jantar e que parte deste valor que seria destinado a outros membros do PMDB, R$ 6 milhões, não chegaram a ser pagos. Ainda informa que parte da montante iria para a campanha de Paulo Skaf.

Com o decorrer da apuração das delação e depoimentos desse tipo o número de peemedebistas envolvidos em casos de corrupção só aumenta. Ao mesmo tempo que envolve petistas também no caso, como Dilma, que chama de "mentirosa" todas as acusações envolvendo sua chapa.

O presidente golpista, Michel Temer, adiantou-se e marcou logo uma reunião com a advogada do Planalto. Alega tratar-se apenas de "despachos internos". Entretanto, por mais que a posição privilegiada o favoreça num julgamento, dado que pode escolher os ministros que irão julgar o caso, a desorganização de sua base tende a aumentar no decorrer dos processos.

A verdade sobre os fatos declarados em delações ou depoimentos como este de Marcelo Odebrecht jamais virão das mãos de Sergio Moro ou do STF, suas investigações são seletas e representam os interesses dos grandes capitalistas. Com delações feitas em segredo de justiça, ficamos sabendo apenas a parte publicada, ou vazada de acordo com o interesse de Moro, representam o interesse em manter um governo onde possa ser aprovada o quanto antes um brutal ataque aos trabalhadores que é a reforma da previdência.

 
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