A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro adiou o início de discussão que começaria hoje, sobre a venda da CEDAE e autorização para o Estado adquirir novo empréstimo no valor de 3,5 bilhões. A venda é uma exigência, parte do pacote de ataques de Temer e Pezão, e o argumento dado por deputados do deputados de PSOL, PSDB, DEM, PSC, Rede, PDT, PT, PC do B e Carlos Minc (sem partido) é que a ALERJ deveria antes, por causa do regimento, avaliar os vetos de Pezão às outras propostas que já tramitavam na casa.

Mas na realidade o que ocorre é que o governo encontra dificuldades para passar o pacote de Temer e Pezão, que começa pela privatização da CEDAE, mas se aprofunda nos ataques aos trabalhadores e toda população carioca com várias outras medidas, como teto de gastos de 10 anos em serviços públicos, aumento das contribuições, e até a demissão de servidores, entre outras medidas.

Na contagem informal, o projeto tinha ontem 40 votos à 28, e em todos os dias em que o projeto ia estar em discussão, até votação, estão marcadas manifestações dos servidores contra este brutal ataque. Devemos aproveitar este tempo ganho para seguir mobilizados e ampliar a exigência de que a CEDAE não seja privatizada, sem nenhuma ilusão de a rejeição do pacote de Temer e Pezão partirá de iniciativa dos deputados, que se preparam para atacar os servidores desde o ano passado, reprimindo suas manifestações.

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Tanto é que, exceto os parlamentares do PSOL e um deputado da REDE, todas estas siglas que se dizem de “oposição” elegeram Picciani para ser chefe da Alerj na semana passada, sob os sons das bombas da Tropa de Choque e da Força Nacional que reprimia os servidores. Estes vivem dos seus privilégios, altos salários e auxílios de todo tipo, valor recebido para que façam os servidores pagarem a conta da crise. Só a mobilização dos servidores, neste momento contra a privatização da CEDAE, é que pode dar a resposta para estes ataques.

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