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CIDADE LINDA
50 mil de multa: Doria quer mais repressão contra a manifestação e arte de rua
Redação
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O prefeito João Doria, que vem numa verdadeira cruzada higienista contra o grafite e toda manifestação de rua que marca a história da capital paulista, quer endurecer ainda mais a repressão contra a juventude que se expressa através dos muros, aplicando uma multa que chega a R$50 mil reais.

Doria tem pressa para aprovar mais esse avanço na repressão como lei, por isso fez acordos com líderes dos partidos para que a votação de um projeto já existente desde 2005 de autoria de Adilson Amadeu (PTB), com a inclusão das multas em forma de substitutivo, vá para votação em plenário já na semana que vem.

A multa de R$ 50 mil, que foi sugerida pelo presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), seria para quem pixar obras de arte ou monumentos, como o Monumento às Bandeiras que em setembro do ano passado, nas vésperas do primeiro turno da eleição, foi alvo de uma colorida manifestação. Muros comuns terão valor menor, de R$ 5.000, como o prefeito já anunciou. No caso de reincidência, será o dobro.

O prefeito milionário que chocou São Paulo destruindo o maior mural de grafite da América Latina quando pintou de cinza os painéis da Avenida 23 de maio no centro da capital, não dá trégua na sua política higienista de Cidade Linda contra a juventude e a população de rua e criminaliza a juventude que se manifesta, tentando calar sua revolta contra a miséria na educação, saúde, cultura e lazer, enquanto privatiza tudo. Mas a verdadeira guerra contra o cinza que se instalou mostra como o elitismo do enquadramento na arte que Doria quer, não terá vez contra a resistência do pixo e do grafite.

Na semana passada os muros e a internet foram palco de uma verdadeira guerra do spray e das ideias contra o cinza. “Eu pixo e você pinta, vamos ver quem tem mais tinto”, virou lema nos muros onde a crítica contra o prefeito tomou o lugar do cinza, ou até mesmo as cores tomaram o lugar do asfalto. Na internet, ganhou destaque o vídeo que Diana Assunção fez para denunciar a destruição dos painéis da 23 de maio e que tomou enormes proporções chegando a um milhão de pessoas, gerando uma série de ataques e ameaças de defensores de Doria e seguidores de Bolsonaro, mas também muita solidariedade.

O Esquerda Diário, junto com Diana Assunção e a Juventude Faísca - Anticapitalista e Revolucionária está impulsionando uma campanha em defesa da arte de rua. Contra toda forma de repressão que quer calar a juventude dizemos não ao cinza!

 
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