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LUTA CONTRA O FEMINICÍDIO
Ir às ruas contra a violência machista: Gabrielly foi feminicidio sim!
Maíra Machado
Professora da rede estadual em Santo André, diretora da APEOESP pela oposição e militante do MRT

O triste caso da jovem de apenas 18 anos Gabrielly Dias assassinada pelo seu ex-namorado revela a longa cadeia de violências que resultam num último elo: feminicidio, o assassinato de milhares de mulheres por serem mulheres. Esta realidade é tão latente que em 2017 já se vê inúmeros casos de mulheres que sofreram abusos, violências e que foram assassinadas por seus pais, namorados, esposos por acharam que tinham estas mulheres como sua propriedade.

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O caso de Gabrielly não é diferente. Mesmo já não tendo uma relação amorosa com Anderson Silva dos Santos, seu assassino acreditava que Gabrielly lhe pertencia e por isso a despiu antes de matá-la, para averiguar se a mesma tinha tido outras relações sexuais. Uma visão doentia e possessiva que é decorrente deste pensamento patriarcal onde as mulheres são propriedades que só servem para satisfazer os homens, e quando já não os satisfazem, nos cobram com a vida.

Apesar dessa triste realidade ser tão cotidiana e o próprio Estado ter de reconhecer que não apenas há desigualdade de gênero, mas que há mulheres violentadas e assassinadas por conta da violência machista tendo já há mais de 10 anos a Lei Maria da Penha e em março de 2016 se aprovado a Lei do Feminicidio , Gabrielly não foi reconhecida como vítima desta sociedade capitalista e patriarcal. O crime foi admitido como homicídio comum por "motivação fútil".

Todas contra a violência machista

Amanhã quarta-feira (11), a familia de Gabrielly junto com organizações feministas, coletivos de professores e da juventude assim como o Sindicato dos Professores de Santo André irão fazer uma manifestação exigindo justiça para Gabrielly e que a mesma seja reconhecida como vítima do feminicidio. 

 Vamos as ruas exigir da prefeitura de Paulo Serra um plano de Emergência de combate ao Feminicídio que garanta as condições necessárias para as mulheres vitimas da violência machista se recuperarem fisica, psico e socialmente. Assim como precisamos erguer uma campanha dentro dos trabalhadores da educação para garantir o debate de gênero e sexualidade nas escolas como forma de garantir o acesso e o auto-conhecimento dos adolescentes assim como o combate permanente contra o preconceito e a discriminação.

 
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