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ELEIÇÕES CONGRESSUAIS
PT confirma sua resignação aos golpistas apoiando suas candidaturas no Congresso
Ítalo Gimenes
Mestre em Ciências Sociais e militante da Faísca na UFRN

Anunciado o apoio do PT aos golpistas no Congresso, confirmam sua estratégia perversa de ser parte desse regime “democrático” que ataca cotidianamente aos trabalhadores para fortalecer um Lula 2018, em detrimento de construir de fato uma resistência nas ruas contra os golpistas.

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Se aliou à direita enquanto era governo, fortalecendo-a ao ponto de possibilitá-la o golpe contra os trabalhadores. Após este, apostou na via jurídica, parlamentar, passiva, combinada com um discurso avermelhado para inglês ver, não construindo minimamente uma luta séria aos golpistas desde os locais de trabalho, portanto que fosse capaz de criar uma correlação de forças favorável real para enfrentar os ajustes e os golpistas. Agora sinalizam quererem as batatas dos vencedores, enquanto os trabalhadores, agonizam do mal que os legaram.

No dia primeiro de fevereiro terá início ao processo eleitoral das presidências da Câmara de Deputados e do Senado, de modo que alguns nomes começam a expressar suas candidaturas. Para o Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) aparece como único interessado em suceder Renan Calheiros (PMDB-AL).

O PT, que havia quase vencido Renan nas eleições passadas, optou por não arriscar perder novamente, preservar e ampliar as suas poucas posições no Congresso, apoiando ao candidato golpista. Para a Câmara de Deputados, a tragicomédia se repete, anunciando seu apoio a ninguém menos que o braço direito de Temer, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ainda que houvesse ruídos de alguns de seus parlamentares, que defendiam o apoio a André Figueiredo (PDT-CE) na Câmara.

Longe de parecer algum tipo de síndrome de Estocolmo, na realidade é o coroamento de uma lógica do partido de querer ser parte integrante de um regime, angariando cargos nas Mesas Diretoras e secretarias do Congresso, como forma de acumular capital político que fortaleça seu objetivo de vencer com Lula em 2018, reservando posições do partido com o objetivo de ter um presidenciável forte.

É sob essa lógica perversa que o PT reproduziu, de se aliar com os setores mais reacionários em troca de uma maior participação nesse regime podre, que não tem nada de democrático, preserva privilégios dos políticos e juízes, sobrevive de uma lógica corrupta de ligação com os empresários, que o PT fortalecerá mais uma vez essa direta golpista, alavancando os políticos que tem o objetivo de impulsionar diretamente os ataques do Temer contra os trabalhadores.

Como acreditar no discurso avermelhado de Lula ou Dilma de serem oposição ao golpe e aos golpistas quando, por meio dessa lógica, fortalecem eles mesmos??

Não bastasse isso, há um segundo viés pelo qual o PT favorece aos golpistas e seus ataques. Apesar desse discurso vermelho e de combate, o PT não constrói uma luta séria contra os ataques e os golpistas, tampouco que parta dos locais do trabalho e de estudo - com ajuda das burocracias sindicais (CUT) e estudantis (UNE) que impedem que o sentimento contra o golpe e os ataques se transforme em luta organizada - a única forma de estabelecer uma correlação de forças favorável real para fazer esse embate. Ao contrário, chama dias de mobilização passivos e inofensivos, funcionais apenas para seguir promovendo a figura de Lula, novamente redundantes na sua lógica de ser parte do regime que nos ataca.

Esse regime que o PT quer tanto ser integrante ao ponto de impedir que haja lutas que possam desestabilizá-lo, na realidade vive uma crise profunda, de modo que não expressa confiança dentre os setores populares da sociedade. Portanto, é preciso aprofundar essa crise no sentido de romper com esse regime e levantar um espaço alternativo, que delibere sobre todos os aspectos regidos por ele: crise econômica, privilégios políticos, regime democrático, tudo. E é através da imposição através da mobilização nas ruas de uma nova Assembleia Constituinte os trabalhadores e a juventude poderão se erguer como sujeitos de realizar esse embate.

 
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