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GREVE ESTUDANTIL NA UFRJ
Assembleia geral estudantil da UFRJ aprova greve por unanimidade!
Jean Barroso
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Na quinta-feira, dia 28, cerca de mil estudantes lotaram o auditório do quinhentão no Centro de Ciências da Saúde da UFRJ. A assembléia deflagrou greve estudantil a partir desta sexta-feira 29/05, por unanimidade.

Na assembléia foram saudados cursos que já estão em greve estudantil: Serviço Social e Gestão Pública (GPDES). O serviço social estava paralisado desde o dia 21, e deflagrou greve no dia 27. Além de enfrentar condições precárias na Praia Vermelha, paralisou também em apoio aos terceirizados que estão sem receber integralmente seus salários. O GPDES (Gestão Pública) é parte dos cursos mais novos, criados no processo do REUNI, que desde então, como vários dos cursos novos, não tem prédio e funciona em containers.

Os estudantes não se intimidaram pelos professores, que votaram contra a greve no dia anterior. Pelo contrário, a deflagração da greve expõe as contradições de parte deste setor da universidade decidiu por não aderir ao movimento grevista, apesar dos problemas estruturais que a universidade passa desde o inicio do ano pelo corte de 9 bilhões na educação da “Pátria Educadora” do governo Dilma.

Para os estudantes, ficou claro que os professores que votaram contra a greve viraram as costas para os estudantes que estão abandonando os cursos, trancando matérias por falta de condições para se sustentar até o final do curso. Relatos de colegas que abandonaram por falta de condições de se alimentar, se locomover até as salas de aula, ou estudantes que vieram de fora do estado e que tiveram que abandonar pela metade por falta de condições para se manter no Rio de Janeiro, foram parte de quase todas as falas.

Além disso, também relatos das condições estruturais dos prédios e espaços dos cursos preencheram toda a assembléia, mostrando como a precarização da UFRJ é outro elemento determinante à favor da greve.

O pólo de Xerém, que funciona em containers, deverá fechar nesta sexta-feira por falta de diesel, o combustível necessário para fazer funcionar os geradores, e portanto toda a estrutura do prédio. Os estudantes de gastronomia relataram que não tem insumos (comida!) para fazer suas aulas. Os estudantes de medicina e enfermagem relataram que eles e professores tem que pagar do próprio bolso remédios básicos para os pacientes.

Os estudantes demonstraram grande solidariedade aos trabalhadores terceirizados que estão com atrasos e cortes de salários desde o início do ano, incorporando seu pagamento integral como pauta imediata, demonstrando que não carregam o corporativismo e indiferença dos professores que votaram contra a greve.
Em assembléia, foi deliberado a participação no ato nacional de mobilização contra o ajuste fiscal, do dia 29, com concentração às 13h no IFCS (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais). O Ato sairá da Candelária.

Também foi deliberado o indicativo de assembléias nos cursos, para segunda e terça feira, para ampliar a paralisação e que cada curso eleja dois representantes revogáveis, para conformar o comando de greve.

 
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