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DE QUEM É A CULPA?
Metrô de Alckmin admite falta de quadro e atesta responsabilidade na estação Pedro II
Flávia Telles

Depois de muitos questionamentos sobre a ausência de seguranças na estação de metrô Pedro II, onde o ambulante Luis Carlos Ruas foi assassinado, o Metrô de São Paulo admitiu a falta de funcionários para fazer a segurança da estação.

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O ambulante foi morto à pancadas por dois homens, depois de defender uma travesti. No momento da agressão o centro de controle da segurança acionou uma equipe de seguranças que estavam nas estações vizinhas, e segundo um dos diretores do sindicato, Marcos Freire, no momento havia apenas três funcionários na estação, “um estava na bilheteria, outro na catraca e outro no CCO (Centro de Controle Operacional). Se olhar a escala vai ver que tem dois seguranças em cada estação, mas, na verdade, é a mesma dupla atuando em três estações diferentes".

Mais uma vez a precarização do serviço e do trabalho no metrô têm graves consequências, são mais de 600 trabalhadores a menos para garantir todo o serviço que tem milhões de usuários todos os dias. O cargo de agente de segurança é um dos que mais têm déficit segundo dados da Folha de São Paulo, são mais de 50 postos vagos.

Ao contrário do que diz Alckmin, o quadro de funcionários atual não é compatível com a demanda, como podemos ver nas enormes filas que cresceram ainda mais este ano, e nos inúmeros casos de abuso sexual, de estupros, como no início do ano passado, e agora de assassinato sem nenhuma ajuda às vítimas.

Alckmin ainda pretende demitir mais funcionários através do seu PDV, com objetivos claramente privatistas, como já podemos ver com a linha lilás do metrô e a linha ouro do monotrilho, além da linha amarela que já é privatizada. Quer entregar o metrô para que as empresas lucrem com o serviço em detrimento do direito da população, que deve pagar ainda mais caro para utilizar o transporte.

Como mostramos aqui, o crime ocorrido no metrô foi um crime de ódio e intolerância, um crime lgbtfóbico, que tem como culpados, os reacionários que têm espaço na mídia e na política e que abrem espaço para que crimes como esses ocorram, como Malafaia e Bolsonaro, mas também Alckmin e sua política privatista, por não oferecer um serviço de qualidade para a população, com toda a segurança necessária e querer precarizar ainda mais o Metrô de São Paulo para entregá-lo nas mãos da iniciativa privada.

 
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