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PARALISAÇÃO NACIONAL 29/05
ENTREVISTA: Zé Maria fala sobre paralisação nacional convocada pelas centrais sindicais
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(Foto: CSP-Conlutas, youtube.com)

Nesta quarta-feira o Esquerda Diário entrevistou Zé Maria, do PSTU, que falou sobre a paralisação nacional convocada pela CSP-Conlutas e demais centrais sindicais.

Esquerda Diário - No dia 29 ocorrerá uma nova paralisação nacional convocada pela CONLUTAS e demais centrais sindicais. Qual a importância dessa iniciativa na luta contra os ajustes de Dilma Rousseff?

Acho muito importante. Trata-se de uma segunda paralisação nacional que, ao que tudo indica será mais forte que a do mês passado. Um passo adiante importante na luta contra o ajuste do governo Dilma, contra o PL das terceirizações e os ataques que estão sendo feitos aos servidores públicos pelos governadores dos estados.

Temos greves de professores em vários estados, motivadas por políticas dos governadores que são muito parecidas com as aplicadas pelo governo da presidenta Dilma. E isso vale para os governos do PSDB, PMDB e até para o governo do PSOL em Macapa, que tem tratado a greve dos professores da rede municipal da mesma forma que o governador de São Paulo - nenhuma concessão acompanhada de criminalização.

Mas nós vemos este dia de paralisação também como um passo no sentido de uma greve geral que pare o país e crie as condições para derrotar efetivamente estes ataques aos direitos dos trabalhadores. Há disposição dos trabalhadores em avançar na luta, a trava está sendo o papel das centrais sindicais majoritárias - a CUT está mais preocupada em blindar o governo do PT e a Força Sindical amarrada aos compromissos com a patronal.

Precisamos intensificar a pressão e a exigência para que estas centrais atendam ao chamado da CSP-Conlutas e convoquem uma greve geral no país. Esta medida de luta pode derrotar o ajuste e colocar em cheque o modelo econômico vigente e o governo que o aplica.

ED - Você avalia que com os ajustes pode ocorrer uma ruptura de setores petistas com o governo e o PT?

Eu acho que já está em curso um processo amplo de ruptura dos trabalhadores com o governo da presidenta Dilma e com o PT, especialmente na classe operária.
Há uma revolta nas fábricas e obras da construção civil pelo estelionato eleitoral praticado por este partido contra os trabalhadores.

Este é o elemento político de maior importância na atual conjuntura. Cria condições para que se possa avançar na construção de uma alternativa de classe e socialista para o país, frente à crise da economia, a crise política e os ataques que estão sendo feitos aos direitos e interesses dos trabalhadores brasileiros.

ED - Você acredita que pode ser um novo momento para a reorganização sindical dos trabalhadores? Qual seria o papel da CONLUTAS nesse processo?

A CSP-Conlutas vem crescendo e se fortalecendo no último período, como principal polo de aglutinação de forças e de impulsionamento da luta dos trabalhadores em oposição de esquerda ao governo federal do PT e aos governos estaduais do PT, do PSDB,PMDB, etc.

Acredito que este processo tende a se intensificar no próximo período, pois é razoável supor que a ruptura em curso, dos trabalhadores com sua direção histórica, tenha sim desdobramentos no âmbito das organizações sindicais e populares. Na verdade, pela base, este processo já é visível.

A CSP-Conlutas deve se postular como polo de aglutinação deste processo, continuando a ser o ponto de apoio às lutas que tem sido até agora e apresentando aos trabalhadores e à juventude brasileira um programa e um plano de lutas que aponte para o fortalecimento da unidade e da luta da nossa classe contra o governo do PT e também contra a oposição burguesa encabeçada pelo PSDB. Dessa forma contribuiremos para a construção de uma alternativa de classe e socialista para o país.

ED - Quais serão as principais inciativas da CSP-CONLUTAS durante o dia 29 em nível nacional?

A CSP-Conlutas está mobiliando suas forças em todo o país para darmos nossa contribuição para que este dia de paralisação seja forte e aumente a pressão sobre o governo federal, os governos dos estados e o Congresso Nacional em defesa de nossos direitos ameaçados.

Nossa prioridade é colocar a massa em movimento, então nossa prioridade vai ser parar os locais de trabalho, nas fábricas, mas obras da construção civil, as escolas, as repartições públicas, as universidades, etc, etc.

Por outro lado, nossa central vai cuidar para que fique explícito o programa da paralisação, que é o protesto contra as MPs da Dilma e seu ajuste fiscal, contra o PL das terceirizações que traria - se aprovado - prejuízos imensos para a classe trabalhadora, especialmente às mulheres, negros e negras, e pessoas LGBT.
E ao fazê-lo, seguir cobrando das demais centrais sindicais a convocação de uma greve geral que pare o país.

 
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