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COREIA DO SUL
As principais empresas sul-coreanas relacionadas com o caso de corrupção presidencial
Diego Sacchi

Samsung, Hyundai, LG e outras estão relacionadas com o caso de corrupção que tem gerado mobilizações multitudinárias pedindo a renúncia da presidenta do país.

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Os magnatas dos oito grupos mais poderosos do país, entre eles Samsung e Hundai, se apresentaram frente ao Parlamento para explicar sua implicação no caso conhecido como a “Rasputina”, pela amida da presidente Park Geun-hye a quem doaram dezenas de milhões de dólares para ganhar favores oficiais.

Na sessão televisionada nas principais redes do país, os deputados da Assembleia Nacional perguntaram aos empresários para que contribuíram com milhões as fundações Mi-R e K-Sports dirigidas por Choi Soon-sil, amiga e confidente da presidente, a que se acusa de ser sua cúmplice no caso de corrupção.

A sessão é considerada histórica no país, nunca antes os representantes das principais empresas tiveram que comparecer a uma audiência pública. Este simples fato responde a crise politica e social que esta gerando o caso Choi Soon-sil, que tem levado aos fiscais a registrar dezenas de organismos e empresas, e a milhões de pessoas a sair as ruas para pedir a demissão da presidente em protestos massivos.

Samsung, Hyundai e outras grandes corporações no banco dos acusados

Os líderes dos conglomerados empresariais – entre eles se encontram Samsung, Hyundai, LG e Lotte- responderam de forma evasiva a pergunta mais repetida pelos deputados: Foram coagidos pela presidente e sua amiga a realizar as doações ou receberam favores em troca?

Todos negaram haver recebido favores e sugeriram supostas pressões desde o topo do poder, delimitando a responsabilidade na questionada presidente do país. Mas, um dos mais expostos, e que mostra a relação no pagamento de milhões em troca de favores, foi Lee Jae-young, vice-presidente da Samsung Eletrônicos e líder do Grupo Samsung, que se esquivou como pode da chuva de perguntas dos deputados.

Samsung, a maior corporação do país, realizou a contribuição mais generosa as fundações, uns 20 milhões de Wones ( 15,9 milhões de euros, 17,1 milhões de dólares). As suspeitas que recaem sobre o grupo sçao pelo pagamento dessas milionárias quantias para conseguir que organismos públicos facilitem as fusões e aquisições do Grupo Samsung.

Os deputados permitiram aos líderes das principais empresas, que se prestam a responder perguntas, esquivar de suas responsabilidades e cumplicidade nos casos de corrupção. Mas, o que fica as claras é uma ação que se repete em vários países do planeta e que demostra como os políticos recebem milhões, além de seus gordos salários, para legislar e governar a serviço dos interesses empresariais.

A oposição busca acelerar a renúncia da presidente

A presidente, Park Geun-hey, disse nessa terça-feira que está disposta a aceitar o resultado de uma votação de juízo político em sua conta, que poderia se realizar essa semana. Mas, indicou que não renunciara agora como exige a oposição, segundo informou Reuters um funcionário de alto escalão. A mandataria busca chegar a um acordo para renunciar em abril do próximo ano, uma perspectiva que havia acordado em uma reunião com os líderes do Partido Saenuri. Não distante, a oposição e parte do Partido Saenuri adiantaram que a votação será na sexta-feira na Assembleia Nacional. Se aprovar o “impeachement” com ao menos dois terços dos 300 votos do Parlamento, exigira o bom visto do Tribunal Constitucional, algo que poderia chegar entre um e seis meses.

O governo busca impor um plano para conseguir uma saída ordenada da crise atual. Mas com as manifestações contra a presidente Park que continuam há semanas e com novas e cada vez mais graves revelações sobre o caso de corrupção, parece difícil uma saída comandada desde o governo e a crise política no país que é de vital importância para os interesses dos Estados Unidos na região.

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