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EDUCAÇÃO
Dívida de R$ 3,1 bilhões no FIES pode dificultar financiamentos futuros e escancara a crise na educação
Ana Júlia P.
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O Tribunal de Contas da União (TCU) após uma auditoria descobriu uma defasagem de R$ 3,1 bilhões no FIES, que até 2020 pode chegar a R$ 20 bilhões. Autoridades dos governos de Lula e Dilma, entre elas Fernando Haddad e Aloizio Mercadante, devem ser ouvidas para explicar as anormalidades. Entre 2009 e 2015 o número de participantes do programa cresceu vertiginosamente com a flexibilização para concorrer às vagas.

No entanto, ano passado, o governo começou a restringir a participação por conta dos gastos acentuados. A inadimplência em 2015 chegava a 49% dos contratos, dificultando bancar novos empréstimos. A complexidade no momento de sustentar os benefícios fez o governo Dilma editar uma portaria em 2014 que previa, em vez de 12 pagamentos por ano às principais instituições privadas do Fies (um por mês), apenas oito (um a cada mês e meio). Assim, a cada 45 dias, elas receberiam por 30. Esse mecanismo permitiu, segundo o TCU, que o governo ocultasse passivos com as faculdades, a chamada "pedalada".

Como o corte de gastos por parte do governo Temer, essa pode ser uma forma de ataque do TCU contra o FIES, sinalizando um futuro corte na educação. No entanto, apesar da crise, banqueiros e empresário continuam lucrando. Quem passa pela dificuldade são os jovens que veem suas possibilidades de ingressar na faculdade diminuírem por conta de rombos gigantescos nas contas, que sustentam o acúmulo de capital dos mesmos empresários e banqueiros que só ampliam suas riquezas.

Apesar de ser uma forma legítima de se ingressar na universidade, estudantes acabam endividando-se apenas para pagar o curso ao seu final, gerando cada vez mais inadimplência. A estatização da universidade privada é uma pauta urgente, assim como a anistia da divida dos estudantes, para que todos tenham acesso ao ensino superior gratuito.

 
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