O julgamento da denúncia contra Renan Calheiros (PMDB/AL) vai ser julgada na semana que vem. Se o STF acatar a denúncia, pela primeira Renan vai virar réu. Já Romero Jucá (PMDB/RR) passou a ser alvo do seu oitavo inquérito, agora pela operação Zelotes. Na mesma operação zelotes, Jucá e Renan são investigados em outro inquérito. Também será investigado o senador Jose Pimentel (PT/CE), e os deputados federais Alfredo Kaefer (PSL-PR) e Jorge Côrte Real (PTB-PE).
Ainda é impossível saber até onde vai levar suas ações contra os políticos, mas os últimos dias mostraram a abrangência que pode ter a ação do judiciário. Depois da ofensiva contra o PMDB carioca, agora o STF avança mais alguns passos os processos contra o PMDB do Senado. Ao mesmo tempo, veio à tona a investigação, também no STF, envolvendo o PSB Pernambucano. São investigados por irregularidades na Arena Pernambuco , o governador Paulo Câmara, o prefeito de Recife Geraldo Julio o senador Fernando Bezerra Coelho e o deputado federal Tadeu Alencar. Em outro flanco, o ministério público pediu o bloqueio dos bens do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati do PDT.
Todas essas medidas fortalecem ainda mais o protagonismo político do judiciário e as tensões entre os golpistas. Cada vez mais parece que o judiciário brasileiro está empenhado em assumir a liderança em remodelar o sistema político brasileiro, a exemplo do que foi feito com a operação Mãos Limpas na Itália. O senado dá indícios de que vai tentar resistir a essa ofensiva do judiciário e ao mesmo tempo que se iniciava a votação em comissão das leis anticorrupção na Câmara dos deputados, o Senado colocou em regime de urgência a votação de lei contra o abuso de autoridades por parte de juízes e procuradores.
Novos jogos na crise política nacional. Mais cartas na mesa e trombadas entre as distintas forças que atuaram junto pelo golpe institucional são algumas das marcas de um dia cheio de decisões do judiciário contra o legislativo e do legislativo contra o judiciário.
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