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CRISE PT
Fissuras no PT ameaçam rupturas
Gabriel "Biro"

Na eminencia do 6º Congresso Nacional do PT o partido é atravessado pelo risco de rupturas que podem enfraquece-lo ainda mais após a grande derrota nas eleições municipais.

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Após a indiscutível derrota do PT nas eleições municipais de 2016, a fuga de militantes e políticos do PT, que já vinha se expressando como tendência antes das eleições, se acentua ainda mais. Este perigo foi mencionado por muitos que participaram das plenárias internas de avaliação das eleições. Dirigentes do PT chegam a avaliar a possível perda de mais da metade da bancada na Câmera.

Ao mesmo tempo o 6º Congresso Nacional do PT está para ser convocado, e a fragilidade interna do partido, após ser duramente golpeado pela lava-jato, pelo impeachment e a derrota nas eleições municipais, aumenta a polarização interna entre as correntes e torna o cenário para o congresso incerto, podendo aprofundar rupturas.

Para a corrente majoritária do PT, CNB (Construindo um Novo Brasil) trata-se de uma crise interna importante, pois se por um lado as rupturas podem seguir enfraquecendo o partido, agudizando a crise, por outro lado também significa que não poderá mais seguir dirigindo o partido como faziam antes, abrindo espaços para a tendência interna Muda PT, grupo que congrega as 5 principais correntes minoritárias.

Na tentativa de evitar o aprofundamento das rupturas e driblar as possíveis polarizações internas, Lula, em nome da coesão partidária, vem discutindo com as principais correntes do PT a possibilidade de uma direção eleita por consenso. Esta proposta aparentemente também agrada algumas das correntes minoritárias, para as quais também não interessa a fragmentação do partido, desta forma abdicariam da luta de tendência interna se expressarem na votação da direção em nome de uma “coesão partidária”.

Além disto a pressão para que Lula assuma a direção do partido vem aumentando, pois para muitos seria o único capaz de evitar mais perdas de parlamentares para a legenda assim como manter a coesão partidária com sua autoridade política.

A estratégia adota pelo PT nas últimas décadas, não apenas levou a sua própria crise, mas também contribuíram para desilusão política, em especial para com a própria esquerda, em setores das massas de trabalhadores e da juventude. Além disso entregaram a faca e o queijo na mão dos golpistas, Temer e sua corja de reacionários. A crise do PT deveria levar a balanços profundos da estratégia deste partido. A crise deveria se aprofundar em balanços duros contra sua direção que vem se revelando incapaz de lutar contra a direita e decretou trégua contra o golpe através de seus sindicatos. Ainda assim a postura adota pela direção do PT, até mesmo por algumas corrente de “oposição” interna, é colocar panos quentes na crise partidária, evitar a polarização, preparar o partido para eleições de 2018 e continuar cometendo os mesmos erros de sempre.

 
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