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DECLARAÇÃO DA FAÍSCA
Unificar as lutas da juventude no Paraná e em todo país para derrotar os ajustes e vencer!
Faísca Revolucionária
@faiscarevolucionaria

Já são mais de 1000 escolas ocupadas em todo o país, com o Paraná na vanguarda, e dezenas de Universidades e Institutos Federais que se somam a essa resistência. As crescentes ocupações marcam a linha de frente da luta contra os ajustes do governo golpista de Temer, tendo como principal bandeira a luta contra a PEC 241, que prevê o congelamento dos gastos com serviços públicos por até 20 anos, como educação e saúde, e também contra a Reforma do Ensino Médio, decretada via Medida Provisória.

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Mais uma vez a juventude mostra que não se cala diante da profunda crise política nacional e, com a aprovação da PEC 241 em segundo turno na Câmara dos Deputados, é urgente que essas lutas se unifiquem e sejam coordenadas democraticamente para vencer.

A grande questão colocada hoje a nós jovens que lutamos em defesa do futuro é conseguirmos fazer avançar nossas lutas de resistência para derrotar os ajustes. Estamos em guerra, por isso precisamos nos unificar para fortalecer nossa voz e disputar a opinião pública. A grande mídia golpista tenta esconder a grande mobilização nacional. No Paraná, onde as ocupações passam de 800, os maiores meios de informação estão aliados ao governo Beto Richa para distorcer a realidade contra os estudantes e confundir opiniões entre os apoiadores. Contra essa manipulação nós da juventude Faísca e da mídia militante Esquerda Diário fomos até o Paraná, bem como estamos atuando nas escolas e universidades onde estamos ocupados, para transmitir diretamente todas as informações, com notícias, reflexões e entrevistas dos estudantes paranaenses, bem como expandindo a ideia de que os lutadores é que merecem ser admirados e não os juízes arbitrários e privilegiados, como Moro. Temos em nosso portal online uma plataforma exclusiva para expressar as lutas secundaristas do Paraná, bem como todas as lutas que se colocam hoje contra a famosa “PEC do fim do mundo”, 241 ou 55 (como foi nomeada para tramitar no Senado).

Contra o cerco político que os governos buscam e para que possamos vencer será fundamental que as ocupações avancem em medidas que permitam uma unificação nacional de todos os setores em luta. Coordenar as escolas, universidades e institutos federais, a partir de comandos conformados por representantes eleitos democraticamente em cada lugar é a única forma de vencer, pois nossos inimigos estão muito bem organizados pra nos atacar. A partir dessa organização de base é possível pensar quais as melhores medidas a serem adotadas para garantir a manutenção das ocupações atuais, como também que a mobilização cresça e ganhe ainda mais força. A unificação a partir desse comando nacional é também a única forma de impedir que direções burocráticas se colem às lutas para controlá-las.

Acreditamos que é também central empenharmos todas as nossas forças para reverberar uma ampla solidariedade ativa às ocupações, envolvendo os centros e diretórios acadêmicos nas universidades, bem como os grêmios nas escolas, assim como fizemos UNICAMP, PUCC e USP. Também nas eleições para as entidades estudantis levantamos a necessidade de que tais entidades se liguem à esses processos de luta e expressem solidariedade ativa aos estudantes em luta. Diante dos profundos ataques que a direita golpista reserva, será muito importante retomar o papel das entidades estudantis enquanto ferramentas para a auto-organização dos estudantes. Exatamente por isso a juventude não pode confiar na União Nacional dos Estudantes ou União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, pois estas entidades vieram buscando suprimir a auto-organização e qualquer enfrentamento mais profundo dos estudantes contra o governo golpista e seus ataques. A UNE e UBES defenderam todos os ataques que o governo do PT já vinha aplicando contra a juventude e os trabalhadores e hoje não têm como objetivo fazer vencer as lutas, mas, querem usurpar das lutas em curso porque buscam recompor o governo do PT e querem construir uma “alternativa” eleitoral em 2018.

A disposição de luta da juventude em todo o país mostra o caminho diante da atual situação nacional, de avanço superestrutural da direita após o golpe institucional. O desfecho das eleições municipais, com um crescimento da direita, mostrou que os golpistas querem avançar cada passo sobre a grande derrota do PT. Mas, assim como no Rio mais de um milhão de votos à esquerda expressaram que existe ainda muito apoio para fortalecer a luta contra os ataques de Temer, também as lutas em curso mostram que não nos enfrentamos apenas contra os planos dos governos, mas também demonstramos o nosso descontentamento com a precarização estrutural que avança na educação e todos os serviços públicos que dizem respeito em primeiro lugar às necessidades básicas dos trabalhadores e da população pobre. Hoje essas lutas são o principal fator da realidade que impede que a nova etapa aberta nas jornadas de junho de 2013 seja desfechada pela direita reacionária. E, nós jovens que não nos calamos, podemos ir além, podemos reacender o ânimo da poderosa classe trabalhadora brasileira, que hoje se vê cercada pela desmoralização e passividade que estão impondo as direções sindicais burocráticas ligadas tanto ao PT, como a CUT e CTB, quanto ao golpismo, como a Força Sindical. A tarefa da juventude em unificar e fortalecer as lutas, bem como de buscar se ligar aos trabalhadores é essencial não só para derrotar os ataques de Temer, mas para avançar a um profundo questionamento da atual ordem das coisas desse sistema capitalista, explorador e opressor.

 
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