Foi a revista Veja a responsável por tirar a poeira do caso da prisão de Crivella e transformar o assunto em um debate quente no segundo turno da eleição para a prefeitura do Rio.
A acusação colocou a campanha de Freixo na ofensiva, com inserções televisivas tratando do tema, e ajudou a fazer com que Crivella desaparecesse de todos os debates, sabatinas e entrevistas nessa última semana de campanha.
Para se defender, Crivella disse que o delegado João Kepler Fontanelle "abusou de sua autoridade". A declaração ofendeu a família do delegado responsável pela autuação de Crivella, que respondeu publicamente, por meio de Flávia, filha do delegado, dizendo que: "Nós estamos extremamente consternados e indignados com essa tentativa de manchar a imagem do meu pai. É como se estivessem matando ele pela segunda vez. Colocar a culpa em alguém que já morreu e não pode se defender é muita falta de escrúpulos. Ele acusa meu pai de abuso de autoridade para alcançar vantagens políticas a qualquer custo."
A acusação contra Crivella, no primeiro registro, era de invasão de domicílio, pois o então pastor invadiu com capangas a casa do vigia que havia passado a morar no terreno da Igreja Universal. Contudo, depois o delegado mudou a acusação para "exercício arbitrário das próprias razões", ou seja, tomar uma questão da justiça (já que o terreno era legalmente da Universal) para resolver "com as próprias mãos".
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