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PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS | Gasolina encareceu 34,7% só em 2021 devido ao projeto de privatização da Petrobras

A política de preços efetuada pela Petrobras, seguindo a movimentação do dólar, impacta no bolso de cada trabalhador brasileiro. A direção da empresa adota essa postura com a perspectiva de atrair investidores para privatização. Somente desse ano, a gasolina teve um aumento de 34,7% e o diesel de 27,7%.

sexta-feira 19 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

Imagem: Daniel Castellano/Arquivo/Gazeta do Povo

A tentativa da empresa é de equiparar os combustíveis com o preço do dólar a fim de evitar as perdas de investidores interessados em obter toda a empresa. Com isso, as flutuações de mercado não afetam os empresários que são preservados, enquanto a população paga a conta.

A venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) na Bahia, a segunda maior do país, por 50% do seu preço recentemente, as demissões forçadas na unidade, junto à política de preços praticadas por Governo Bolsonaro, Paulo Guedes e a direção da empresa fazem todos parte dessa mesma intenção criminosa contra todo o povo, abrir caminho para a privatização.

No dia de ontem, em meio à um dia greve na Bahia e atos de apoio por todo o país a empresa reajustou os combustíveis em 10%. O preço médio do litro da gasolina na refinaria foi para a casa R$ 2,48, aumento de 10,2%, e o do diesel para R$ 2,58, aumento de 15,1%. Se tratou do quarto aumento da gasolina em 2021 e o terceiro do diesel. O aumentos de preços de combustíveis impacta diretamente no preço do gás de cozinha e dos alimentos.

Após novo aumento, Bolsonaro está fritando publicamente o presidente da empresa, Castello Branco. Enquanto isso, as forças golpistas se debatem com a crise entre STF, militares e congresso com a crise aberta com a divulgação das intenções golpistas das forças armadas com o livro de Villas Boas e a resposta com a prisão de Daniel Silveira. Essa divisão entre os de cima abre espaço para que setores sociais entrem em cena na luta, e os petroleiros tem uma oportunidade de iniciaram uma batalha em defesa dos empregos, de uma política de preços que atenda a população. Barrar esse ataque poderia abrir perspectiva para uma Petrobras 100% estatal sob controle dos trabalhadores, que coloque de fato os interesses da população a frente.

Nós do MRT e Esquerda Diário chamamos aos parlamentares do PSOL, figuras públicas, o PSTU, a CSP-Conlutas, Intersindical e todas as organizações classistas a batalharem contra o aumento de preços cobrando das centrais sindicais que rompam sua paralisia para a luta contra a privatização da Petrobras e o aumento dos combustíveis. Esses setores poderiam impulsionar um forte polo antiburocrático que exija medidas concretas de luta a partir de assembleias, reuniões de base e ações como manifestações de rua e greves.




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