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ZEZÉ DI CAMARGO | Zezé di Camargo afirma que não houve ditadura no Brasil. Saudade Bandida dos militares?

terça-feira 12 de setembro de 2017 | Edição do dia

Em entrevista à jornalista Leda Nagle no Youtube, o cantor Zezé di Camargo afirmou que não houve ditadura militar no Brasil, contrariando aquilo que inclusive os livros de história são obrigados a contar durante o ensino médio.

Uma opinião que de fato é saudosista do período da ditadura militar, "sem conseguir disfarçar", Zezé chamou de "militarismo vigiado" o período em que centenas de militantes foram mortas, a censura foi praticada contra os jornais e meios de televisão e qualquer um que se opusesse contra o governo foi praticado por uma junta militar que deu levou adiante um golpe militar armado em 1964.

No mesmo período, trabalhadores que fizessem greve eram demitidos, ou caso fossem militantes políticos, terminavam nos porões do DOPS e DOI-CODI, polícia que torturava opositores. Quem quisesse protestar contra uma reforma trabalhista, ou um governo corrupto como o de Temer, por exemplo, era silenciado no porrete e na tortura dos militares. Trabalhadores que protestassem contra as péssimas condições de trabalho eram demitidos, e o governo não lhes dava um visto de "boas condutas" utilizado pelas patronais para selecionar trabalhadores nas entrevistas de emprego.

O curioso é que Zezé di Camargo tinha apenas 2 anos de idade quando o golpe militar foi levado adiante, enquanto que quando o AI 5 foi decretado, Zezé tinha apenas seis anos de idade. Ou seja, não presenciou o período, e por isso sua "saudade" só pode vir através do alinhamento político com correntes revisionistas da história, "pensadores" da direita que afirmam que o golpe militar seria no máximo um "mal menor" contra a ameaça comunista.

Por isso Zezé afirmou que era um "militarismo vigiado". Mas quem vigiou os esquemas de corrupção da Odebrecht com a junta militar durante o período? Ou o envolvimento da Volkswagen no patrocínio da repressão? Ninguém, e é por isso que até hoje torturadores seguem impunes.




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