Zago e a burocracia universitária querem aprovar medidas de desmonte e precarização da Universidade de São Paulo, enquanto o campus está deserto devido ao feriado, com o objetivo de evitar uma legítima articulação da comunidade universitária.
terça-feira 11 de abril de 2017 | Edição do dia
De portas fechadas, o conselho universitário (CO) se reuniu hoje, 11, para discutir e aprovar a PEC do fim da USP. Tal medida prevê o corte de verbas, o congelamento dos investimentos e a demissão em massa de trabalhadores.
Os estudantes, professores e trabalhadores se reuniram em frente a reitoria. O ato foi chamado pelas entidades universitárias - SINTUSP, ADUSP e DCE - com o objetivo resistir e defender o conjunto da universidade contra o conselho universitário e suas medidas antidemocráticas.
No momento da manifestação, a polícia militar estava prontamente em peso para reprimir aqueles que ali estavam. Bem como fizeram no ato do dia 7 de Março em que os manifestantes foram surpreendidos por bombas de gás lacrimogêneo e gás de pimenta, além de detenções.
Torna-se escancarado qual é o projeto de universidade proposto por Zago, pois a comunidade USP vem se posicionando contrária ao pacote de precarização e, no entanto, obtém como resposta truculência. Fica evidente também a confluência entre os recentes ocorridos na USP e as medidas do governo golpista de Temer. Ambas são calcadas na precarização da vida, através da terceirização, e na repressão.
Como resposta aos golpistas e burocratas, é preciso organizar uma forte greve geral no dia 28 de Abril com formação de comitês auto organizados na base para barrar os ataques.