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Witzel retira mortes cometidas por policiais de estatística, para seguir matando jovens e negros

Frente os resultados calamitosos de sua "política de segurança", com a morte de 1249 pessoas entre janeiro e agosto, a única resposta de Witzel é ocultar esses dados e mascarar as mortes cometidas por policiais.

terça-feira 24 de setembro de 2019 | Edição do dia

As mortes cometidas por policiais não serão mais contabilizadas no índice de letalidade violenta, um dos indicadores estratégicos para análise da criminalidade no estado. A medida foi anunciada por meio de um decreto assinado pelo governador Wilson Witzel e publicado na edição desta terça-feira do Diário Oficial do Estado. Entre janeiro e agosto, 1249 pessoas foram mortas por intervenção policial, de acordo com Instituto de Segurança Pública (ISP).

Os dados recordes de mortes cometidas por policiais, nem mesmo a morte recente de vários jovens e crianças, como o caso de Ágatha; são suficientes para frear a sede sanguinária de Witzel.

O decreto assinado pelo governador demonstra como a intenção dele é mesmo seguir matando impunemente e incrementando o genocídio da população pobre e negra. Sua única reação frente aos alarmantes dados é buscar ocultá-los, retirar das estatísticas.

Esse genocídio não pode mais ser ocultado, o caso de Ágatha se tornou emblemático dos resultados dessa guerra levada a população, que sob o pretexto de combate às drogas somente produziu cadáveres e mais cadáveres, na maioria de inocentes, como o de uma menina de 8 anos.

Witzel e essa politica assassina apoiada na repressão policial é expressão de um aprofundamento do racismo estrutural. Um aprofundamento tão intenso que nem a vida de crianças negras Witzel está poupando. Já são mais de mil negros e negras assinadas e esse decreto tenta mascarar os números cruéis de sua politica racista.

É hora de que nós, trabalhadores e jovens de todo o país nos organizar para que a partir dos sindicatos e organizações do movimento estudantil, movimento negro, de mulheres e direitos humanos tomar em nossas mãos os pedidos desesperados escritos nas cartas de crianças como Agatha: parem de nos matar. Bolsonaro e Witzel já mostraram que vieram para acabar com a vida e o futuro de crianças, da juventude e dos trabalhadores. Precisamos dar um basta na retirada de nossas vidas!




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