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Ditadura militar | Volkswagen mantinha trabalhadores em condições de trabalho escravo durante ditadura militar

Foi descoberta a existência de trabalho escravo e tráfico de pessoas pela Volkswagen, em uma fazenda no Pará, durante a ditadura militar no Brasil, entre as décadas de 1970 e 1980. Esses casos escancaram o que foi a ditadura militar, período que manchou de sangue a história brasileira à serviço dos lucros dos capitalistas como a imperialista Volkswagen e que é tão defendida por Bolsonaro, Mourão, militares e a extrema-direita.

terça-feira 31 de maio de 2022 | Edição do dia

Na Alemanha, veículos da imprensa alemã, como a televisão pública ARD e o jornal Süddeutsche Zeitung, trouxeram o caso a tona no último fim de semana.

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Centenas de pessoas viveram em um local de completo desamparo do estado brasileiro, com os trabalhadores vivendo sem as mínimas condições de higiene, saúde e segurança.

O trabalho que era feito era o da derrubada da Floresta Amazônia e da limpeza de pasto. A Volkswagen contratava empreiteiros, chamados popularmente de "gatos", para recrutar trabalhadores. Eles abordavam os trabalhadores de toda região, prometendo condições excelentes de trabalho.

Ao chegaram no local, os trabalhadores descobriam que, na realidade, permaneceriam em abrigos totalmente insalubres, sem as mínimas condições de higiene, segurança e saúde. Eles não tinham acesso à comida, água fresca, ou auxílio médico.

Os trabalhadores ficavam impedidos de sair do trabalho. Eles não podiam sair da fazenda, porque estavam sob vigilância armada.

A única forma de sair era no esquema do pagamento de dívida, que é conhecido como barracão. Funcionava da seguinte forma: o trabalhador vai se endividando porque tem que comprar todo material para sua sobrevivência do empregador. O resultado é nunca conseguir pagar as próprias dívidas e nunca conseguir sair de lá, submetendo-os ao trabalho escravo.

Trabalhadores foram mortos tentando fugir e inclusive chegaram a ser amarrados em árvores, e mantidos por dias, apanhando e sendo torturados. Até os que faziam questionamentos das condições de trabalho eram punidos.

Foram centenas de trabalhadores que passaram por essa situação, com pessoas analfabetas e em condições de miserabilidade.

Os trabalhadores eram de diversas regiões, como Pará, Tocantins e Mato Grosso.

Esse é mais um exemplo do que foi o período sanguinário e autoritário da ditadura militar, à serviço dos lucros dos capitalistas nacionais e imperialistas como a Volkswagen. Um período defendido por Bolsonaro, Mourão, militares e toda a extrema-direita, mas que devemos responder retomando o legado de luta e organização da juventude e da classe trabalhadora na ditadura, para derrotar no presente toda essa corja de extrema-direita reacionária, sem conciliação de classes.




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