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EDUCAÇÃO | Vereadora do Avante de Belo Horizonte vai a escolas buscando censurar professores

Vereadora do Avante visita escolas para fazer vistoria das condições estruturais para o retorno presencial, mas seu foco se mantém em criticar trabalhos escolares desrespeitando educadores.

sexta-feira 26 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

A vereadora Flávia Borja (Avante) divulgou um vídeo em suas redes sociais criticando moralmente um trabalho escolar sobre a artista Frida Kahlo sem sequer procurar saber que atividade foi desenvolvida. Frida é uma artista reconhecida internacionalmente, mas a vereadora se limitou a fazer um juízo moral da sua vida amorosa dizendo que a artista não poderia ser modelo a ser seguido pelas meninas.

A escola é espaço para aprendizagem diversa, deve ser lugar de debate e de promoção do senso crítico das crianças e adolescentes. Não lugar de adestramento para adequação a uma conformidade social opressora. Mas na mentalidade da vereadora reacionária a escola deve cumprir um papel ideológico tal e qual a igreja.

Flávia Borja grava um vídeo sobre Frida Kahlo, mas ao fundo é possível identificar uma citação de Chimamanda Ngozi Adichie, escritora nigeriana, que diz: "A cultura não faz as pessoas. As pessoas fazem a cultura. Se uma humanidade inteira de mulheres não faz parte da cultura, então temos que mudar nossa cultura". O que mostra todo um trabalho pedagógico realizado por trás ignorado pela vereadora.

A vereadora que na verdade está pouco se importando com as condições estruturais das escolas realiza seu trabalho metendo o bedelho no trabalho alheio desrespeitando as educadoras e a produção de conhecimento. É preciso avisá-la: não há conteúdo a ser censurado na escola, inclusive Marx, Lênin, Trotsky e o comunismo fazem parte da história, bem como os desvios stalinistas devem ser abordados. A escola é lugar de produção de conhecimento e de busca da verdade.




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