Nomeada por Temer como ministra do Trabalho, Cristiane Brasil, deputada pelo PTB do RJ, já defendeu projeto que impedia mulheres de usarem saias e decotes na Câmara. Também votou pela impunidade de Temer, pela reforma trabalhista e lei da Terceirização.
quinta-feira 4 de janeiro de 2018 | Edição do dia
Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson e deputada pelo PTB do Rio de Janeiro, já defendeu a implementação de um "código de vestimenta" para as mulheres na Câmara. O projeto incluía não só as deputadas, mas todas as mulheres, até mesmo visitantes.
A expressão latente do conservadorismo, o projeto de Cristiane visada proibir o uso de decotes e saias por mulheres. Diferente do código masculino, que implica no uso de gravata, atribuindo um tom de seriedade aos parlamentares, o código proposto para as mulheres cerceia a liberdade da vestimenta, controlando o uso das roupas que colocam a culpa na própria mulher por vestimentas que objetifiquem seus corpos.
Ou seja, para as mulheres, o código de vestimenta é moralista e conservador, cobrindo as mulheres, culpadas de serem objetificadas, e sem qualquer liberdade de escolherem suas próprias roupas.
Além disso, outro projeto de Cristiane foi implementar a permissão legal do Lobby. O lobby é a via que dá capacidade legal para empresas exercerem pressão sobre as decisões de caráter público, costurando então a política em prol dos seus interesses. O projeto fracassou.
A atual ministra do Trabalho de Temer mostra sua cara através dos projetos que defende, como a regulamentação do Lobby e da sua posição favorável à Reforma da Previdência, que jogará ao lado dos interesses de Temer e dos empresários.
Cristiane está sempre favorável nas decisões do Governo Temer que mais prejudicam os trabalhadores: Reforma Trabalhista, PEC do fim do mundo, Lei da Terceirização para todas as atividades. Temer continua na sua corrida para angariar base e aplicar de vez o imenso ataque contra os trabalhadores que é a reforma da Previdência.
