sábado 27 de fevereiro de 2016 | 03:25
Nesta última semana várias manifestações de estudantes do ensino médio da rede estadual do Rio de Janeiro foram divulgadas nas redes sociais. São atos de centenas de estudantes que tomaram as ruas de cidades do estado como Macaé, Volta Redonda, Niterói, Rio de Janeiro, se unificando entre escolas, mostrando a disposição da juventude para lutar contra a precarização e sucateamento da educação pública. Nos cartazes que carregavam apareciam reivindicações de infra-estrutura básica para as escolas como ar condicionado, presença de funcionários para limpeza, portaria, questionamento aos salários de políticos e apoio à greve de professores da rede estadual que se inicia dia 02/03, dia em que ocorrerá o ato unificado dos servidores estaduais do RJ.
Além disso, algumas escolas estaduais já votaram greve estudantil como o C.E.Visconde de Cairú, no Meier, que deve iniciar no mesmo dia que a greve de professores, e o Ciep 321 Dr. Ulysses Guimarães, em Jacarepaguá, ambas no município do Rio de Janeiro.
A atual situação da educação pública é resultado da política de precarização de anos dos governos do PMDB, e este ano soma-se à crise fiscal do estado que vem sendo descarregada nas costas da juventude e dos trabalhadores com cortes na educação e na saúde, atrasos de pagamentos de salários e bolsas, fechamento de hospitais, terceirizados sem salários, ao mesmo tempo que, o governo Pezão vem gastando bilhões em obras e propaganda para as Olimpíadas.
Em vários setores da juventude vem se demonstrando uma vontade de lutar por seus direitos. Os estudantes das escolas da rede estadual do RJ mostram a potencialidade que têm para protagonizarem uma luta unificada com os trabalhadores da educação e de outras categorias contra os cortes na educação que pode derrotar os ajustes do Pezão. Para isso devem seguir o grande exemplo dos estudantes da rede estadual de São Paulo, que organizaram e encararam de maneira decisiva a batalha contra o governo Alckmin (PSDB) através de métodos profundamente democráticos em que se organizavam por assembleias por cada escola ocupada e votavam nas assembleias um representante de cada escola que formavam um comando para coordenar a luta, e tiveram o apoio da população, que reconheceu nesta luta, a defesa da educação pública.
O Esquerda Diário esteve presente em toda luta e ocupações de escolas dos estudantes de São Paulo e ontem (26) estivemos em algumas escola do RJ e está à disposição de qualquer aluno e professor para difundir e contribuir na organização da luta dos estudantes e professores da rede estadual para enfrentar os ajustes do Pezão.
Publicamos abaixo todas as mobilizações que estão ocorrendo neste momento de escolas que realizaram assembleias, atos de rua e atividades com professores e pais.
C.E. Visconde de Cairú, no bairro Meier, Rio de Janeiro- realizou uma assembleia ontem (26) no período da manhã e decidiram entrar em greve junto com os professores.
Fonte: facebook Aurélio Fernandes
Ontem (26), os estudantes do CIEP 321 Dr. Ulysses Guimarães, no bairro Jacarepaguá, Rio de Janeiro, votaram greve em apoio à greve dos professores.
Fonte: facebook Carla Silva
Na quinta (25), em Macaé, ocorreu um grande ato com centenas de estudantes de distintas escolas partindo do C.E. Mathias Neto, depois em direção ao C.E Luis Reid, C.E. Irene Meireles, C.E. Visconde de Araujo, C.E. 1º de Maio e finalizaram o protesto em frente ao CIEP da Aroeira.
Fonte: Gabriel Tebaldi
Fonte: Gabriel Tebaldi
Fonte: Gabriel Tebaldi
Fonte: facebook Sabrina Luz
Fonte: facebook Sabrina Luz
Fonte: facebook Sabrina Luz
Ontem (26), os alunos do C.E. Manuel de Abreu, em Niterói, fizeram uma manifestação de rua.
Fonte: facebook Paulo Eduardo Gomes
Fonte: facebook Paulo Eduardo Gomes
Na quinta (25), pela manhã, mais de 250 alunos do Colégio João XXIII da rede municipal de Volta Redonda fizeram um protesto contra a superlotação nas salas de aula e pela falta de professores.
Fonte: facebook Programa Fato Popular
Fonte: facebook Programa Fato Popular
Fonte: facebook Programa Fato Popular
