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BRUMADINHO | Vale tenta tirar o corpo fora e diz que "não vê responsabilidade" sobre crime ambiental

Segundo o advogado da empresa, Sérgio Bermudes, A Vale não "vê responsabilidade” sobre o rompimento da Barragem em Brumadinho em Minas Gerais, que até o começo da tarde de hoje (28) já havia resultado em 60 mortes, ao se referir a decisões judiciais que bloquearam R$ 11 bilhões da empresa. Mostrando a ganância dos capitalistas de querer manter seu lucro e de querer tirar seu corpo fora deste brutal crime ambiental que resultou na morte e desparecimento de centenas de trabalhadores.

segunda-feira 28 de janeiro de 2019 | Edição do dia

A Vale, dona da mina do Córrego do Feijão, em Brumandinho, Minas Gerais, “não vê responsabilidade” sobre o rompimento da barragem, que até o começo da tarde de hoje (28) já havia resultado em 60 mortes, e já enviou à Justiça mineira pedido de reconsideração sobre as decisões que bloquearam R$ 11 bilhões da empresa para garantir as compensações pelo desastre.

Essas informações foram passadas pelo advogado da empresa Sérgio Bermudes, que afirmou que “a Vale não vê responsabilidade. Nem por dolo, que é infração intencional da lei, nem por culpa, que é a infração da lei por imperícia, imprudência ou negligência. Ela atribui o acontecido a um caso fortuito que ela está apurando ainda”. Bermudes ainda defende que não ver motivos para a empresa ter seus bens bloqueados.

É extremamente escandaloso e repugnante a posição do que o advogado da Vale passa de que a empresa não teve nenhuma responsabilidade pelo crime ambiental que causou a morte de muitos trabalhadores e destruiu a casa de centenas de famílias que vivem na cidade de Brumadinho. A Vale soltou uma nota desautorizando as falas do advogado sobre não ver a responsabilidade, mas isso tudo não passa de um show de fingimento que a Empresa faz na mídia para esconder a sua responsabilidade por este bárbaro crime contra a população local, o ecossistema da região, e principalmente a vida dos trabalhadores da empresa.

Para garantir garantir seus lucros exorbitantes que chegam a 320 bilhões desde sua privatização durante o governo FHC, a Vale (que é também uma das donas da Samarco) segue negligente quanto à manutenção adequada das barragens e também segue impune dos crimes que vem cometendo contra o meio ambiente e a população em Mariana em 2015, e agora em Brumadinho.

Essa tragédia deve também nos mobilizar contra os planos econômicos do governo Bolsonaro e seu guru economista Paulo Guedes, que em todas as oportunidades que tiveram, falaram em nome da diminuição de fiscalização às mineradoras, um programa que quando ligado à sede de lucro desses grupos capitalistas, pode levar rapidamente a novas tragédias como essas.

A onda de privatizações que Bolsonaro e Guedes prometem são nada mais que novas tragédias anunciadas. CEMIG, Eletrobras, Petrobras, aeroportos. Todos locais de trabalho cheios de riscos e com forte impacto social e ambiental. Não podemos aceitar mais nenhuma privatização, lutar pela estatização de todos os serviços, nos organizar nos sindicatos e entidades estudantis, superando os limites das burocracias traidoras que estão em trégua com Bolsonaro e dispostas a tudo para manterem seus cargos. Mover a classe trabalhadora indignada por mais essa tragédia, em uma forte mobilização contra esse governo, parteiro de novos Brumadinhos e Marianas.




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