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FRANÇA | VÍDEO: Fala Gaëtan, estudante condenado à prisão por ter se manifestado

Gaëtan, estudante de história e militante do Novo Partido Anticapitalista (NPA) foi condenado a dois meses de prisão efetiva por participar na manifestação de repúdio pelo assassinato do ativista francês Rémi Fraisse nas mãos das forças repressivas da França.

domingo 19 de abril de 2015 | 00:28

No dia 8 de novembro houve uma manifestação em Toulouse promovida em repúdio ao assassinato de Rémi Fraisse. Também contra as más condições de estudo, porque o Estado designou as faculdades francesas como porta-vozes dos interesses privados. O NPA havia apresentado reivindicações contra a violência policial, que foram proibidos pela prefeitura de Toulouse. Não nos deixaram fazer a manifestação. O governo disse que a polícia tinha o direito de, durante toda a manifestação, de interrogar e prender quem quer que fosse. Então, um estado de exceção se impôs sobre Toulouse a 8 de novembro, no mesmo dia em que fui detido com outras 15 pessoas. Creio que havia 2000 pessoas, mais ou menos, e centenas de bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas. Fui abordado pela polícia, como muitos outros, pela tarde, quando a manifestação já havia terminado há muito tempo. As forças repressivas começaram a buscar numa praça em Toulouse as pessoas sobre a qual tivessem a mínima suspeita. Muita gente foi presa assim, inclusive os jornalistas foram maltratados. Sendo um militante sindical e político, fui detido enquanto escrevia uma mensagem de texto.

O alvo não era um militante particular, mas qualquer pessoa, com o objetivo de colocar medo na população, e mostrar que não apenas estão contra o direito de manifestação, mas também que todo movimento que questione a ordem estabelecida já está condenado pelo Estado.

Nesta situação, em Toulouse um protesto universitário se colocou em marcha. Nos enfrentamos a esta situação na qual o Estado esta decidido a passar os seus ajustes na França, dando mais poder à polícia para quebrar todas as manifestações sociais.

Nem sequer meus pais se lembram da última vez em que uma manifestação foi proibida na França. Hoje na França, depois dos atentados ao Charlie Hebdo e ao restaurante kosher, Hollande tenta aparecer como o “campeão” da liberdade de expressão, mostrando como os atentados foram horríveis, mas ao mesmo tempo tentam cercear e calar a liberdade de expressão.




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