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JUDICIÁRIO | Uma mão lava outra: Temer nomeia indicado por Renan no CNJ

Fortalecendo os indicados por Gilmar Mendes e Renan Calheiros, Temer está trabalhando para dar mais corda a uma ala do judiciário que trabalha por um pacto de impunidade?

terça-feira 3 de janeiro de 2017 | Edição do dia

O jovem advogado Henrique de Almeida Ávila, de 33 anos, foi nomeado nesta segunda-feira, 2, pelo presidente Michel Temer para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Esse Conselho regula a ação do judiciário. Com essa nomeação Temer reforça uma ala do judiciário que tem atuado pela impunidade de Renan e outros membros da elite golpista do país. O advogado nomeado é ligado por muitos laços a Gilmar Mendes que tem atuado em defesa do presidente do Senado.

Apoiado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, Ávila teve a indicação aprovada pelo plenário do Senado em novembro, na disputa com o advogado do Senado Otávio Orzari.

Professor da PUC-SP, Ávila é advogado do escritório do criminalista Sérgio Bermudes, onde também trabalha Guiomar Mendes, casada com Gilmar Mendes, ministro do STF. Ele assume em razão da renúncia do conselheiro Fabiano Silveira, ex-ministro da Transparência do governo Temer. Na sabatina no Senado, Ávila disse que o combate à morosidade da Justiça deve ser um dos focos do CNJ.

Câmara. Em relação à vaga no CNJ correspondente à Câmara, a Casa indicou em dezembro Maria Tereza Uille, procuradora de Justiça aposentada, por 141 votos, superando outros seis candidatos. A indicação segue para análise dos senadores.

Integrante do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça, Maria Tereza Uille também foi apoiada por Gilmar Mendes.

O CNJ tem 15 integrantes e é responsável por processos administrativos referentes aos juízes e à Justiça. É comandado pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.

Com informações da Agência Estado




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