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REPRESSÃO NA FRANÇA | Um militante da CGT é atropelado em um piquete e vários ficam feridos pela repressão

Na oitava jornada de mobilização contra a Lei do Trabalho, vários manifestantes foram feridos nos piquetes, alguns atropelados por caminhões e um automóvel.

sábado 28 de maio de 2016 | Edição do dia

O motorista do automóvel e o caminhão furaram o bloqueio, pondo deliberadamente em perigo a vida dos grevistas. Um deles está em estado grave. Esta manhã, em Cherburgo, duas pessoas em uma motocicleta foram atacadas por um carro que estava dando meia volta em frente a refinaria, fechada pela greve. Um deles, que é sindicalista da CGT e presidente da Front de Gauche de uma pequena cidade, morreu. O segundo ocupante da motocicleta, está gravemente ferido, e foi levado às pressas para o hospital em um helicóptero.

Um militante gravemente ferido em Fos-sur-Mer

Em Fos-sur-Mer, um sindicalista de 51 anos havia posto suas mãos em cima do capo de um carro, tentando comunicar-se com o condutor do veículo. Este último acelerou, atropelando o sindicalista, que atualmente está em estado de coma. A polícia não interviu, apesar dos gritos de advertência dos presentes no piquete. A falta de ação diz muito sobre o papel das forças policiais: repressão nos piquetes, feitas para dispersar rapidamente dos grevistas, mas incapazes de deter uma pessoa que tentou assassinar um sindicalista.

Manifestantes feridos em Vitrolles

Em Vitrolles, o condutor de um caminhão pesado forçou passagem no bloqueio causando ferimentos levem nos presentes no piquete, que o sindicato CGT organizou na zona industrial de Griffon. Os militantes permitiram a passagem um casal com sua filha em um automóvel, então um caminhão aproveitou a situação, enquanto os grevistas batiam sem suas portas. O condutor acelerou e atingiu vários carros, entre eles o da família. Os ocupantes foram hospitalizados com feridas leves. “O homem foi ferido na munheca. A mulher e sua filha de 4 anos não sofreram feridas. ”. Assim mesmo houve vários manifestantes que tiveram feridas leves.

Será que a onda de piquetes contra as medidas do governo tem alentado a violência contra os grevistas?

Estes atos extremamente reacionários, cujas consequências poderiam atentar contra a vida dos manifestantes, não podem ser extraídos do contexto político imediato. O acompanhamento dos piquetes através do aparato policial impressiona especialmente em Fos-sur-Mer; o governo claramente não é alheio a violência que agora atinge os militantes nos piquetes.

É também papel dos meios de comunicação e dos fiscais, que retransmitem os interesses do governo. Depois do acidente que cobrou a vida de um motorista próximo de La Havre na quarta-feira passada 18 de maio, os meios de comunicação se basearam nas declarações do fiscal de Le Havre, François Gosselin quem não titubeou em fazer a conexão entre o acidente e a mobilização contra a Lei do Trabalho, enquanto que o condutor do caminhão que causou o acidente decidiu ir pelo anel viário para evitar passar pelos bloqueios criados na rodovia.

O caso do acidente de Cherburgo, o representante da República de Cherburgo, disse com certeza que “se trata de um acidente trágico, que não está diretamente vinculado” as manifestações, inclusive não há indícios de que as duas vítimas “participaram” nos eventos. Como vemos, se trata claramente de uma bandeira de duas faces, desenhada para que os culpados sempre sejam quem se mobiliza contra a Lei do Trabalho.

Fortalecer nossos piquetes!

Para se impor contra estes atos reacionários que até o momento são isolados, e para enfrentar a política do governo e suas forças policiais que continuam tentando fazer voltar a sua rotina normal os depósitos de petróleo, nossos piquetes tem que avançar em medidas de autodefesa até onde seja necessário. Esta é a condição imprescindível para começar a construir a greve por tempo indeterminado, e fazer com que ela se generalize e force a retirada da Lei do Trabalho.




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