Os grevistas da refinaria da Total, localizada em Grandpuits, vêm realizando ações há um mês contra os planos da patronal de demitir 700 trabalhadores.
quinta-feira 11 de fevereiro de 2021 | Edição do dia
Há um mês, os trabalhadores da Total na refinaria Grandpuits, na França, estão em greve contra 700 demissões. No dia 3 de fevereiro, atendendo ao apelo dos grevistas e da Federação Nacional das Indústrias Químicas da CGT, outras refinarias da empresa se somaram à greve.
A multinacional do petróleo apresenta o fechamento como uma "reconversão ecológica", mas na realidade pretende levar a produção para países com menor regulamentação trabalhista e ambiental, como o megaprojeto de Uganda, que permitirá a produção de 1,4 bilhão de barris de petróleo, causando a destruição de toda uma região e o deslocamento de 100.000 pessoas.
Total é uma gigante global, suas ações estão listadas em terceiro lugar na bolsa de valores de Paris. Em 2020, embolsou 7 bilhões de euros em dividendos, tirando bilhões de ajuda do Estado. Os trabalhadores estão protagonizando uma grande greve. Eles colocaram em pé uma assembléia geral que decide os passos a seguir, um verdadeiro controle dos trabalhadores sobre sua própria luta.
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As mulheres dos grevistas se organizam para apoiar sua luta. Também diferentes setores de trabalhadores, estudantes e organizações ambientais estão solidários com sua luta. A luta em Grandpuits está se tornando um exemplo de como enfrentar as demissões e precarização na França.