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VENEZUELA | Um grupo de militares se declarou em ’rebeldia’ contra o governo Maduro

segunda-feira 7 de agosto de 2017 | Edição do dia

Desde cedo, neste domingo, circulou o vídeo no qual vinte militares se declaram em "legítima rebeldia" contra o governo de Maduro, na 41ª Brigada Blindada siuada no forte Paramacay, em Naguagua (norte de Carabobo). Quem assume como portavoz é o capitão da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) Juan Caguaripano, o mesmo militar que em 2014 difundiu um vídeo declarando seu apoio ao movimento "A saída", impulsionado por Leopoldo López, María Corina Machado e Antonio Ledezma, com o qual se propunham derrubar Maduro.

O capitão apareceu nas instalações declarando que era acompanhado de "oficiais e tropas" dessa unidade do Exército, "assim como tropas ativas e de reserva de todos os componentes", no qual chama "Operação David Carabobo". Fala de desconhecer a tirania assassina de Nicolás Maduro" e "salvar o país da destruição total", afirmam o reconhecimento da Assembleia Nacional, mas assinalam um questionamento aos diálogos sustentados pela oposição com o governo: "senhores da Assembleia Nacional, não é mais hora de pactos e acordos ocultos entre tiranos e traidores".

"Esclarecemos que isto não é um golpe d Estado", diz o capitão amotinado, mas "uma ação cívica e militar para restabelecer a ordem constitucional"...

Do lado do governo, Maduro disse que o ataque a uma base militar perto da cidade de Valência foi cometido por um grupo de cerca de 20 "mercenários", e que dois deles foram mortos pelas forças militares.

Ainda segundo o relato de Maduro, os 20 homens entraram na base e conseguiram acessar o depósito de armas, mas em seguida um alarme alertou para a invasão. Durante a fuga, algumas armas foram roubadas.

Circularam posteriormente alguns vídeos onde se veem os amotinados cantando o hino nacional sobre um tanque militar circulando nas instalações do quartel, assim como se escutaram trocas de tiros.

O senador estadunidense pelo Partido Republicano, Marco Rubio, constante impulsor da política ingerencista do imperialismo contra os governos de Hugo Chávez e agora Maduro, contrabandeou seu respaldo a esta "rebelião".

Não deixa de causar suspeita o fato de que o portavoz do levante seja da GNB e não do Exército, esteja procurado desde 2014, e apareça agora dentro das instalações do Exército.

Do lado das organizações políticas que se opõem pela esquerda ao governo bonapartista de Maduro e à direita pró-imperialista reunida na Mesa de Unidade Democrática (MUD), o dirigente da Liga dos Trabalhadores pelo Socialismo e trabalhador do setor público Ángel Arias, colocou que: "Nenhuma saída progressista virá através de quarteladas ou deste tipo de ’levante’, seja quem for que os impulsione ou esteja por trás, rechaçamos qualquer tentativa de resolver a situação atual mediante golpes ou autogolpes militares. Somente a irrupção da classe trabalhadora, independente dos dois bandos políticos burgueses, com suas próprias demandas e métodos de luta, pode preparar as condições de uma saída progressista".




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