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UERJ | Um cenário de luta, uma mesa pra luta

No dia 01/03/ 2016 ocorreu a mesa de recepção aos calouros do Centro Acadêmico de Serviço Social “Não tá favorável para saúde e educação, não vai ficar tranquilo para o Pezão", no mesmo dia que professores e técnicos da universidade votavam greve. Uma recepção à altura do cenário de luta.

quarta-feira 2 de março de 2016 | 14:54

No dia 01/03/ 2016 ocorreu a mesa de recepção aos calouros do Centro Acadêmico de Serviço Social “Não tá favorável para saúde e educação, não vai ficar tranquilo para o Pezão", que contou com mais de 80 estudantes e trabalhadores. A mesa foi composta pela Rosângela, terceirizada do HUPE, demitida da empresa Construir, pelo professor Felipe Demier, representante da ASDUERJ, pela Adrielli Melges, secundarista de uma escola ocupada de campinas e militante da Juventude às Ruas, e pela representante do Centro Acadêmico de Serviço Social (CASS) Isabela Santos.

A mesa ocorreu no mesmo dia em que as categorias de professores e servidores administrativos da universidade se reuniram em assembleia (as maiores dos últimos anos) e decidiram votar greve a partir do dia 07 de Março. Nesse sentido a mesa era parte da construção do cenário de greve iminente e foi pensada pelo CASS como espaço de reflexão e debate coletivo da luta.

Com uma recente greve aprovada na sua categoria a fala do Demier expressou como o capitalismo é o responsável por desenvolver suas crises. Rosângela colocou para os estudantes presentes todo o cenário enfrentado pelas terceirizadas do Hospital Universitário Pedro Ernesto nos últimos dois anos de irregularidades no pagamento dos salários. Relatou sua luta, e também, de outras trabalhadoras que tiveram o seus benefícios atrasados, dias de greve descontados irregularmente e salários não pagos. Colocou também o que é agora estar demitida em meio à uma crise e um cenário de desemprego.

Adrielli, secundarista de luta de uma escola de campinas, relatou a sua experiência no movimento de ocupações, as dificuldades e lições, falou sobre as entidades estudantis aliadas ao governo (UNE, UBES) e como não estavam até o final ao lado dos estudantes. Falou também das manobras utilizadas pelo governo Alckmin para precarizar a educação, das inúmeras salas de aula que estão sendo fechadas e, em consequência, do super lotamento de outras. Denunciou a máfia das merendas e a ação truculenta da policia do Estado de São Paulo para com os estudantes que naquele dia pediam a instauração da CPI das Merendas.

A última fala foi da representante do CASS, Isabela Santos, que além de expressar os inúmeros problemas tanto do Estado do Rio, que passam desde HUPAs fechadas até parcelamento dos salários dos servidores, expressou também como a crise do Estado e as prioridades do governo, que estão em isentar e subsidiar empresas em nome dos mega eventos, afeta diretamente as universidades estaduais, como é o caso da UERJ. Concluiu colocando a importância das entidades estudantis, dos estudantes e da juventude apoiarem ativamente as lutas dos trabalhadores que estão em curso, de se colocarem não só na luta pela transformação da educação e das condições de estudos, mas também na luta pela transformação dessa sociedade e desse sistema.




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