De forma absurda, trabalhadores foram mantidos trabalhando na Refinaria Presidente Bernardes e Usina Termelétrica Euzébio Rocha, em Cubatão, em cárcere privado.
quinta-feira 20 de fevereiro de 2020 | Edição do dia
Imagem: Solange Freitas/G1
O último trabalhador foi liberado na noite desta segunda-feira (17) em Cubatão (SP). O Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu à Justiça a prisão do diretor geral caso os trabalhadores que estavam sendo mantidos nessas condições não fossem liberados.
Dois funcionários estavam impedidos de deixar seus postos de trabalho desde o último dia 6, trabalhando de forma interrupta, por conta da greve iniciada no dia 7 de fevereiro. Como a refinaria trabalha com esquema de rendição de turnos, os funcionários só podem sair ao serem rendidos pela próxima equipe. Desrespeitando descaradamente o direito de greve e com o aval da justiça que diga-se de passagem, demorou muito para tomar providência, no caso de Cubatão e em outras cidades onde ocorreram esses casos, os diretores da Petrobras tem abusado de seus cargos e mantido trabalhadores em cárcere privado, nas refinarias.
Segundo a Petrobras, a atividade desempenhada por esses dois trabalhadores seria crucial para garantir o fornecimento de vapor e água para todas as demais 23 unidades. Na refinaria, cerca de 20 funcionários poderiam exercer a mesma função e render esses funcionários mas, de acordo com a Petrobras, em contato por telefone, nenhum deles aceitou voltar a trabalhar por causa da greve. No entanto, a empresa vem constantemente fazendo esse tipo de coerção de manter trabalhadores em cárcere privado, porque sabem a força que essa categoria tem e pode mudar os rumos da conjuntura desse país.
Todo repúdio aos diretores da Petrobras que vem mantendo os trabalhadores em cárceres privado. A greve dos Petroleiros segue e é preciso cercar essa luta de solidariedade. Se essa greve vir a vencer essa vitória será de toda a sociedade. A mídia esconde essa luta, mas nós do Esquerda Diário divulgamos e estamos do lado dos petroleiros.
