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CPERS | Último alerta: a oposição deve sair unificada nas eleições do CPERS!

segunda-feira 15 de maio de 2017 | Edição do dia

Não é possível que diante de tantos ataques, retiradas de direitos e conquistas, que se intensificaram com o golpe institucional, nós fiquemos a mercê de burocratas que controlam nosso sindicato para fins eleitorais de interesse do PT e do PC do B e da CUT e CTB, centrais sindicais ligadas a esses partidos. Não foi fácil para gerações de trabalhadores em educação conquistar as vitórias para a educação que demandaram muita luta nas décadas de 1980 e 1990.

Os atuais dirigentes sindicais só pensam em desgastar o atual governo para dar uma resposta nas urnas com o PT/PCdoB novamente aplicando seus ajustes e sua pífia tentativa de conciliação de classes. Enquanto isso professores e funcionários do estado todo passam maus bocados para colocar pão na mesa. Sartori ataca a educação como nunca antes se viu, sem dó nem piedade. Congelou e parcelou nossos salários, pressiona para retirar direitos de licença prêmio e plano de carreira e tenta a todo custo privatizar tudo o que pode com a justificativa de ficar 3 anos sem pagar a dívida pública. Especializou-se numa política de chantagem enquanto o segundo maior sindicato do país se manteve afastado das bases e da luta real. Nossos dirigentes mantiveram uma linha de pressão aos deputados que não resulta em absolutamente nada, inclusive privilegiando a via virtual, por emails.

A luta não pode ser virtual, tem que ser real! A nível federal assistimos o golpista Temer articulando das maneiras mais espúrias os parlamentares a aprovarem a reforma da previdência e a reforma trabalhista, com o intuito de fazer a parte mais explorada da sociedade pagar pela crise. Urge uma renovação de nosso sindicato, para que os burocratas sejam afastados e possamos desde as bases travar lutas planejadas e articuladas. O CPERS tem condições de unificar categorias e mostrar para esses políticos da austeridade que não vamos aceitar pagar por essa crise que os capitalistas criaram.

O sindicato deve ser uma ferramenta de luta dos trabalhadores para a defesa e conquista de direitos, elevando a sua moral no sentido de elevar a consciência política de luta e unidade da classe trabalhadora. O sindicato não pode ser instrumento de uma burocracia sindical, com interesse de canalizar a luta e as insatisfações para fins eleitorais, utilizando o CPERS como trampolim ou campanha política para determinado partido. Por isso, um sindicato deve ser combativo e classista, que não permita práticas personalistas e acordos de cúpula, que não seja uma correia de transmissão das centrais sindicais que negociam com os governos que atacam os trabalhadores.

Entendemos que uma unidade dos setores da oposição é necessária. Pensamos em uma chapa de oposição ampla, democrática e com liberdade de tendências, que devem ser votadas e testadas na prática. Queremos um sindicato o mais democrático possível, que escute a base da categoria, não somente as correntes políticas, mas independentes também.

Entretanto, essa unidade não foi possível. O racha da CS certamente tem um motivo político que traz a tona os seus interesses. Pois sem nenhum desacordo programático e nem político a CS rachou a unidade que comporia a CSP-Conlutas, numa convenção que teve discursos anti burocráticos, mas uma prática burocrática de decidir cabeça de chapa sem antes aprofundar o programa e a política. MAIS e Alicerce que apoiavam CS na convenção, fizeram fala contra o racha, e se mantiverem a coerência lutarão pela unidade. MLS que foi acusado de oportunismo por entrar em Janeiro na CSP e ganhar a cabeça da chapa de oposição em abril, é um racha à esquerda da ’CUT pode mais’.

O curioso é que a CS, aparentemente por uma crise personalista, que não passa de uma cortina de fumaça, abandona a convenção da CSP com 200 membros para agora compor chapa com a própria ’CUT pode mais’. Usando o argumento de que não poderia aceitar o oportinismo do MLS. A pergunta que fica é: é oportunismo do MLS encabeçar a chapa da oposição unificada porque saiu recentemente da CUT Pode Mais, mas rachar a unificação da oposição para ganhar aparatos nos núcleos com a CUT Pode Mais não é oportunismo? Nós do Movimento Nossa Classe, somos contra esse racha, onde inclusive Intersindical se nega a compor unidade, dividindo os votos da oposição e favorecendo assim a situação que leva o CPERS a uma viagem ao centro da Terra em alta velocidade.

Colocar nomes à frente do programa é uma atitude burocrática. Não podemos lutar contra a burocracia sindical usando os mesmos métodos. Não precisamos apenas de discursos contra a burocracia, mas de ações anti burocráticas. Exigimos dos setores que se dizem à esquerda do PT que voltem atrás e componham a unidade de oposição, não por um nome ou outro, mas por um programa político que a base se aproprie e coloque em prática contra a burocracia.




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