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UFRN | UFRN não respeita as férias de bolsistas

De acordo com o Regulamento dos bolsistas (Resolução nº 222/2010- CONSEPE), as atividades da bolsa deveriam seguir o calendário acadêmico da instituição, garantindo-lhes, no mínimo, 30 dias de recesso. No entanto, a realidade é que grande parte dos bolsistas voltarão às aulas sem nem uma semana de descanso.

sexta-feira 31 de janeiro de 2020 | Edição do dia

Os estudantes contemplados com as bolsas de apoio técnico na UFRN são chamados de "prioritários", isso se deve à situação de vulnerabilidade social à qual estão submetidos como filhos da classe trabalhadora mais precarizados e pobres. Além de serem obrigados a cumprir a função de um servidor e terem que abrir mão de tempo de estudo e lazer para cumprir suas funções, esses estudantes sofrem constantemente com as arbitrariedades dos coordenadores de bolsa que se utilizam de sua posição superior para impor a não existência de férias.

A UFRN encerrou suas atividades acadêmicas em dezembro e voltará às aulas no dia 17 de fevereiro, ou seja, tirar os 30 dias de férias para a maioria dos bolsistas já é inviável. A desculpa é uma brecha na cláusula do regulamento, que diz que isso é um direito do bolsista a depender do andamento dos projetos. O artigo referente às férias é o 6º, que diz:

Art. 6o - As atividades da bolsa, em princípio, deverão seguir o calendário acadêmico da UFRN, possibilitando um período mínimo de 30 (trinta dias) de recesso, de acordo com o plano de atividades.

É inadmissível que os direitos destes estudantes não sejam garantidos. No ano passado, a UFRN foi responsável por fazer estudantes passarem fome com os atrasos do auxílio alimentação em meio à reforma do Restaurante Universitário, que até agora não foi entregue.

A Reitoria da UFRN até hoje não se pronunciou contrária ao Future-Se e deu demonstrações de sua inclinação ao projeto privatizante da universidade, como o faz com a entrada de empresas privadas e serviços organizados em parcerias na universidade como no Ágora e no IMD. É inadmissível que esta estrutura de poder anti-burocrática, onde os estudantes e trabalhadores (amplíssima maioria dentro da universidade) não tem nenhuma voz, avancem para, junto aos coordenadores, impedirem o mínimo direito de descanso entre um ano e outro. É necessário que a PROAE se posicione e oriente os servidores responsáveis.




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