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REITORIA OCUPADA | UFRJ segue sem pagar trabalhadores terceirizados da limpeza

terça-feira 19 de maio de 2015 | 00:37

A segunda feira começou na UFRJ com uma reitoria ocupada já há cinco dias e 24 unidades fechadas por falta de pagamento dos trabalhadores de limpeza e segurança. Com a presença de cerca de 600 estudantes e 30 trabalhadores terceirizados, aconteceu nesta tarde de segunda feira uma reunião com decanos chefes de centro e o reitor Carlos Levy.

Antes de começar a reunião, estudantes que vieram de vários cursos e diferentes campus da UFRJ cantavam em apoio aos terceirizados, em defesa deste setor que foi o primeiro afetado com os cortes do governo Dilma na educação. E quando os diretores e decanos passavam um a um para entrar na sala da reunião, estudantes vaiavam aqueles que estavam ali para defender o retorno das aulas na UFRJ.

A pátria educadora de Dilma deixou milhares de trabalhadores em todo o país sem receber, e as reitorias trabalham para abafar a crise, mantendo o trabalho não pago nas universidades. Também não há condições para os estudantes se manterem e com estes cortes que aconteceram nos dois primeiros meses do ano, bolsas tanto de assistência quanto de pesquisa começaram a atrasar e as condições estruturais das universidades, que já eram precárias, começaram a se tornar ainda piores.

Por isso, centenas de estudantes lotaram a reitoria exigindo que esta pague o salário destes trabalhadores. A reitoria se mostrou verdadeiro marionete do governo federal, inflexível em não decretar a suspensão das aulas, apesar do protesto de centenas de estudantes durante toda a reunião. Fruto da pressão dos estudantes, as aulas foram suspensas por um dia. Quando o reitor saiu no meio da reunião, dando golpe ao impedir que se votasse a paralisação completa da universidade, estudantes cantaram "desconta do seu salário"!

O protesto de centenas de estudantes durante toda a reunião conseguiu arrancar a suspensão das aulas nesta terça feira, e um Conselho Universitário extraordinário para quinta, que vai pautar novamente a situação dos terceirizados assim como o processo de inclusão de estudantes que estão de fora do alojamento

As centenas de estudantes que compareceram mostram a potencialidade de uma forte frente contra os cortes do governo Dilma, da pátria educadora que deixa trabalhadores com fome e estudantes sem condições de se manter na universidade.




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