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UFMG | UFMG indica paralisação de três dias contra Bolsonaro

A plenária unificada de estudantes, técnico-administrativos e professores realizada nessa quarta (17), indicou paralisação nos dias 24, 25 e 26 de outubro contra Bolsonaro. É preciso batalhar para que C.A.s e D.A.s convocarem amplamente assembleias em cada curso, para que sejam massivas e os estudantes possa discutir e conformar comitês de luta. O DCE deve construir três dias ativos de paralisação, com atividades no campus, como um grande festival político cultural contra Bolsonaro, o golpismo e as reformas.

sexta-feira 19 de outubro de 2018 | Edição do dia

Na última semana na UFMG aconteceram duas plenárias unificadas, convocadas pelo DCE, o SINDIFES e a APUBH, além de outras atividades. A última, que aconteceu nessa quarta-feira, discutiu principalmente a respeito de paralisar as atividades da UFMG contra Bolsonaro, ligando à atividades como panfletagens e palestras.

Desde o resultado do primeiro turno das eleições, com um evidente avanço da extrema direita e com Bolsonaro bem posicionado para vencer nas urnas, os estudantes da UFMG, organizados por suas entidades ou não, têm tomado iniciativas como reuniões, debates e rodas de conversa. Nós, da juventude Faísca e do grupo de mulheres Pão e Rosas, que construímos o Esquerda Diário, estamos intervindo nacionalmente nesses espaços nas universidades, colocando a necessidade de que a luta contra Bolsonaro e a extrema direita não seja meramente eleitoral.

Maria Eliza, estudante de Ciências Biológicas e militante do grupo de mulheres Pão e Rosas e do MRT, interviu na primeira plenária unificada levando a proposta de paralisação da UFMG e da formação de massivos comitês de base em todos os cursos, para que os estudantes possam se organizar contra Bolsonaro. Essa proposta passa por exigir da UNE que convoque, em cada escola e universidade, assembleias amplas, como espaços democráticos para que os estudantes discutam e definam suas atividades.

Na segunda plenária, Francisco Marques, militante da Juventude Faísca e do MRT, endossou a proposta de paralisação da UFMG, colocando a necessidade de parar também os outros locais de trabalho, em exigência para que a CUT e a CTB organizem suas categorias para lutar contra esse candidato que tem como objetivo atacar de forma ainda mais selvagem do que o golpista Temer veio fazendo.

Em diferentes inciativas, estudantes da UFMG têm discutido a luta contra Bolsonaro. A assembleia do curso de Ciências Biológicas deliberou a formação de um comitê de luta. A plenária na FAFICH indicou a formação de comitês em cada curso, a partir de assembleias convocadas desde a base. É preciso continuar e massificar a nossa mobilização, e cada entidade deve organizar assembleias nos seus cursos e prédios para que seja real a paralisação indicada para os três dias que antecedem o segundo turno das eleições.

Para acompanhar todos os que querem derrotar Bolsonaro nas urnas, votaremos criticamente em Haddad sem dar nenhum apoio políticos ao PT, que insiste em uma estratégia eleitoralista fadada ao fracasso. Essa extrema direita, que além de ter se fortalecido graças ao trabalho do judiciário, através da Lava Jato, de manipular as eleições para escolher a dedo um presidente capaz de implementar mais ataques que Temer, já anunciou que não vai aceitar o resultado das eleições caso perca nas urnas.

Pelo menos dois estudantes da UFMG já sofreram ameaças de Bolsonaristas. Esses setores já promoveram mais de 70 ataques em pouco mais de uma semana, sendo um deles o absurdo assassinato do Mestre Moa de Katendê, que foi esfaqueado 12 vezes por criticar Bolsonaro, e da travesti Priscila, também esfaqueada em nome do mesmo “líder”. Por isso esse candidato não merece nada menos que o ódio de milhões de estudantes, mulheres, LGBTs, negros e trabalhadores.

Mas é preciso que transformemos o ódio em organização, em cada local de trabalho e estudo, com uma estratégia que prepare o movimento estudantil para enfrentar o desafio colocado para nossa geração, que é não só resistir, mas lutar para reverter a correlação de forças da conjuntura atual. Os estudantes, aliados aos trabalhadores, a única força capaz de derrotar essa extrema direita odiosa e reacionária representada na figura de Bolsonaro e seu vice Mourão.

Chamamos a todas e todos os estudantes que se indignam com Bolsonaro e o avanço da extrema direita a se organizar, exigindo de suas entidades assembleias e participando das já convocadas, e defendendo que o movimento estudantil se alie aos trabalhadores, com uma grande paralisação da UFMG e pela criação de comitês de base em todos os cursos contra Bolsonaro, o golpismo e as reformas!

Para saber mais: Uma estratégia para vencer Bolsonaro passa por comitês de base em todo o país.




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