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Contra o bolsonarismo | UFGD: Interventor de Bolsonaro ameaça multar com R$500 cada estudante que luta por cursos indígenas

Absurdamente, a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), no Mato Grosso do Sul, quer multar a ocupação de estudantes que lutam por seus direitos no valor de R$500 ou mais, por estudante, além de exigir a reintegração de posse.

sábado 11 de junho de 2022 | Edição do dia

Foto: Iara Cardoso

Veja o documento absurdo aqui, publicado ontem, 10 de Junho.

Os estudantes realizaram a ocupação na reitoria contra o reitor interventor colocado por Bolsonaro e em defesa de cursos indígenas. A luta é para inclusão dos cursos da Faculdade Intercultural Indígena (FAIND) na matriz Orçamento, Custeio e Capital (OCC) da universidade para que se garanta acesso e permanência, através de refeições, bolsas, material didático pedagógico, ciranda infantil e infraestrutura, que possibilidade que a Faculdade Intercultural Indígena possa estar presente nos territórios. Outras reivindicações são a construção de uma Casa de Alternância para os estudantes da faculdade e o custeio integral, por parte da UFGD, para todos os semestres, dos transportes, alimentação e alojamento, sem mais redução na jornada de estudos, como ocorreu no primeiro semestre de 2022.

Num cenário em que Bolsonaro, militares e STF atacam os povos originários com o Marco Temporal, o PL 490 e o PL 191, que permite a liberação da mineração em mais de 3 milhões de hectares de terras indígenas, não podemos aceitar que ataquem os estudantes da UFGD. Os povos originários vem se mobilizando desde o Acampamento Indígena em Brasília de 2021 e essa luta tem que ser nacional de toda a classe trabalhadora, para unificar contra as reformas e privatizações, assim como de todos os estudantes, também contra os cortes e a PEC da mensalidade em universidades públicas. Toda solidariedade aos estudantes da UFGD, também para enfrentar as intervenções de Bolsonaro pela via das reitorias nas universidades, que no Rio Grande do Sul persegue os estudantes!

É preciso que a União Nacional dos Estudantes (UNE), a CUT e a CTB, entidade estudantil e centrais sindicais dirigidas pelo PT e pelo PCdoB, organizem a luta, convocando assembleias para conformar um comando nacional contra os cortes e a PEC 206, assim como em defesa dos direitos dos estudantes, e contra as reformas e privatizações, que, diante da crise capitalista, assolam os brasileiros.

Veja também: Entre a disposição de luta e a conciliação eleitoral, por que o 9J não foi um tsunami da educação?

É necessário confiar nas nossas próprias forças com a unidade entre trabalhadores, estudantes, indígenas, o conjunto dos setores oprimidos e o povo pobre, contra Bolsonaro, militares, centrão, MBL, STF e todos os reacionários. Para isso, não podemos sucumbir à conciliação de classes petista, que se alia com Alckmin (ex-tucano, agora do PSB), um cara de pau que não teve a vergonha de segurar uma placa escrito “Justiça por Genivaldo”, homem negro brutalmente torturado e assassinado em praça pública pela PRF de Bolsonaro, como se ele mesmo não fosse o autor de massacres como Pinheirinho e Paraisópolis. Essa conciliação também é demonstrada pelos governadores do PT, como Fátima Bezerra no Rio Grande do Norte, que convive tranquilamente com o fato absurdo de ser o único estado que não tem nenhum centímetro de terra demarcada.

Toda solidariedade aos estudantes da UFGD! Quem luta por educação não merece punição!




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