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CORONAVÍRUS | Twitter apaga publicações de Bolsonaro por atentar contra saúde pública

segunda-feira 30 de março de 2020 | Edição do dia

A rede social Twitter apagou duas publicações da página de Jair Bolsonaro na noite de domingo, ambas relacionadas ao coronavírus. Na página, pode-se ler: "Este tweet não está mais disponível porque violou as regras do Twitter".

A ação foi tomada pela empresa por entender que as postagens contrariam os interesses da saúde pública. Em resposta ao site G1, o Twitter afirmou que: "O Twitter anunciou recentemente em todo o mundo a expansão de suas regras para abranger conteúdos que forem eventualmente contra informações de saúde pública orientadas por fontes oficiais e possam colocar as pessoas em maior risco de transmitir COVID-19. O detalhamento da ampliação da nossa abordagem está disponível neste post em nosso blog."

Frente ao interminável vazamento de informações falsas, duvidosas, mentirosas etc vindas do Twitter de Bolsonaro e de sua família, finalmente alguma coisa entrou no "padrão Twitter de desrespeito à comunidade". Quer dizer, até então, a política de ’controle de conteúdo’ funcionava de maneira que, enquanto até o golden shower foi liberado nas redes do presidente da república, o Twitter e outras redes sociais se preocupava em censurar fotos do público feminino e LGBT por "desrespeitar as diretrizes da comunidade"...

Que os conteúdos da página de Bolsonaro contrariam os especialistas de saúde no mundo todo, não há sombra de dúvidas. Na realidade, poderia-se dizer sobre todo o resto das outras postagens de Jair Bolsonaro, em relação à diversos outros temas como a igualdade de gênero, os direitos trabalhistas, a questão negra, indígena e a questão LGBT. Afinal, em todas estas outras questões Jair Bolsonaro é reconhecidamente defensor de valores obscurantistas e anti-científicos que servem de base à sua visão conservadora e reacionária de mundo.

A verdade é que as redes sociais deram abertura para estes discursos, e a eleição de Trump e Bolsonaro não podem ser explicadas sem fazer referência à um capítulo específico que é da influência das redes. Depois do estrago, empresas como Facebook e Twitter tentam se relocalizar com medidas de censura que correspondem aos interesses imediatos destas empresas que definem qual é o conteúdo aceitável e qual não é - na maioria das vezes censurando protestos nas redes enquanto deixa passar dezenas de milhares de publicações incitando o ódio contra setores da população, discriminando por gênero, sexualidade ou etnia muitas das vezes.

Por isso é importante construir uma rede aonde sejam os trabalhadores, a juventude, os negros, as mulheres e os LGBT quem tenham o controle sobre o conteúdo propagado, e só neste embate contra as empresas capitalistas e contra as ideias reacionárias e conservadores desta nova direita é que é possível se construir a visão anticapitalista e revolucionária.

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