Em paralelo a votação do ajuste fiscal e o rito do pedido do impeachment da presidente Dilma, outro tema tem concentrado a atenção dos deputados dos federais no inicio do ano legislativo: o "troca-troca" partidário.
terça-feira 9 de fevereiro de 2016 | 00:37
Em paralelo a votação do ajuste fiscal e o rito do pedido do impeachment da presidente Dilma, outro tema tem concentrado a atenção dos deputados dos federais no inicio do ano legislativo: o "troca-troca" partidário, que terá inicio no dia 18/02. O congresso nacional marcou para essa data, a promulgação da emenda constitucional que permite a qualquer detentor de mandato eletivo troque de legenda sem correr o risco de ser cassado.
As negociações se intensificaram no início do mês e vão seguir até março, quando se fecha a janela de negociação. Segundo os líderes das bancadas e deputados, as migrações vão atingir a grande maioria das siglas. Fica claro que um dos objetivos de quem negocia a saída de sua legenda e consequentemente assumir o comando de uma nova é a maior fatia dos recursos financeiros partidários.
Criado em 2015, o PMB (Partido da Mulher Brasileira), por exemplo, atraiu duas dúzias de deputados com a promessa de controle regional e de parte significativa do fundo partidário. Estes novos partidos podem receber os deputados sem ter risco de sofrer processo de infidelidade partidária.
Até agora são quatros candidatos que anunciaram que vão trocar de legenda:
Alfredo Kaefer do Paraná que saiu do PSDB para poder entrar no PSL
Delegado Waldir que saiu do PSDB e agora está em negociação
Juscelino Filho que saiu do PMB e agora está no DEM
Sóstenes Cavalcante que saiu do PSD e foi para o PSDB
A troca partidária não acontece por uma "questão ideológica" de um deputado ou outro, pois os partidos que estes migram estão juntos e unificados para baixar contra os trabalhadores e o povo pobre os ajustes fiscais necessários para seguirem descarregando a crise nas costas da população, pois estão a serviço da burguesia, em todos os casos. A grande questão do "troca-troca" é quem paga mais, ou quanto mais se tira de dinheiro do fundo partidário, pois de fundo trocam de partido para estarem "melhores localizados" no poder público para poder seguir garantindo os seus privilégios, e nada mais.
Imagem: http://www.nanihumor.com/
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