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MORTE NAS ÁGUAS | Transporte marítimo contabiliza o absurdo número de 2300 mortes no Brasil em 10 anos

Segundo dados do jornal Folha de São Paulo, nos últimos 10 anos foram contabilizadas 2300 mortes decorrentes de acidentes com embarcações nos rios e mares brasileiros. O Estado de SP contabiliza 1300. Os dois jornais culpam a falta de fiscalização pelos elevado número.

sexta-feira 25 de agosto de 2017 | Edição do dia

Você já está acostumado a pegar ônibus cheio, a ficar preso no trânsito, a enfrentar diariamente a superlotação no transporte. No transporte sobre as águas a situação é a mesma, com o agravante de que, em caso de acidentes, a falta de coletes salva-vidas e boias para todos é muitas vezes fatal.

Para os moradores da região Norte do país, a única opção para viajar muitas vezes é o transporte hidroviário, pois não há estradas, ferrovias, nem mesmo aviões. Balsas e outras embarcações também são comuns nas regiões costeiras, realizando diariamente dezenas de viagens em trechos como Rio-Niterói, Santos-Guarujá e Salvador-Itaparica.

Para estarem aptos a realizar o transporte de passageiros, os barcos precisam ser certificados para um número máximo de pessoas, e precisam ter a bordo uma quantidade de coletes salva-vidas suficiente para essas pessoas (e para a tripulação, claro). No entanto, para lucrarem mais, os donos dos barcos, principalmente nas áreas menos fiscalizadas, costumam transportar acima desse limite, ou mesmo levar passageiros em embarcações de carga. Isso para não falar da condição de circulação desses barcos e dos equipamentos de segurança, sua manutenção, etc. Nessas situações, a qualidade da viagem dos passageiros fica severamente comprometida e os riscos de acidentes aumentam, junto com sua gravidade.

Não basta dizer que o problema é apenas a falta de fiscalização, como fazem os jornais paulistas. Não podemos acreditar que a solução é ter um guarda para cada barco, que viver sob a mira da polícia seja o caminho. A solução é muito mais profunda. Precisamos repensar o transporte como serviço essencial em vez de como fonte de lucro. NOSSAS VIDAS VALEM MAIS QUE O LUCRO DELES!




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