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CHUVAS NO ES | Tragédia anunciada mata 9 pessoas e deixa 10 mil fora de suas casas no ES

Todos os anos as chuvas de verão parecem uma grande novidade para os governos. A verdade é que se tratam de tragédias anunciadas, que só ocorrem por conta do compromisso que sobra com os empresários e que falta com a população.

segunda-feira 27 de janeiro de 2020 | Edição do dia

Há seis dias atrás, noticiávamos aqui no Esquerda Diário que chuvas deixam 6 mortos e 1,6 mil pessoas fora de casa no Espírito Santo. Desde então, a situação se escalonou e tomou proporções catastróficas para os capixabas. Já são 10 mil pessoas fora de casa no estado e 9 pessoas mortas.

Ano após ano as chuvas de verão provocam diversas vítimas fatais no país além de imensos danos materiais justamente na vida das pessoas mais pobres expostas a locais mais precários de moradia.

As cidades mais atingidas estão no sul do estado e 20 municípios estão em alerta máximo para alagamentos e deslizamentos de terra. Já são mais de 8.777 pessoas desalojadas e 1.312 estão desabrigadas em todo o Estado. Iconha, Alfredo Chaves, Vargem Alta e Rio Novo do Sul estão em estado de calamidade pública. Todas as 9 mortes ocorreram nessas cidades.

Em Iconha, 1.977 pessoas ainda estão foram de casa; em Alfredo Chaves são 1.984 moradores; em Vargem Alta são 1.109 e em Rio Novo do Sul são 15.

O município de Alegre é o que conta com mais pessoas desabrigadas, com 2.300 moradores que não têm condições de ficar em suas casas e também não têm para onde ir. Existem diversos pontos de interdição parcial e total em estradas e rodovias que cortam o Espírito Santo, o que dificulta a operação de resgate e a comunicação das equipes, em alguns casos.

Em Pacotuba, dois casos extremos revelam a miséria humana que o capitalismo reserva para a população. Três pescadores que estavam em um pé de jamelão foram resgatados por uma aeronave. Segundo o major Cristian do Notaer, os homens já estavam ilhados há quatro dias e, nos últimos dois, decidiram subir no pé de jamelão porque estavam sem comida. No mesmo município, um produtor rural identificado como Gilson, de 64 anos, foi resgatado depois de ficar ilhado em casa. Ele ficou quatro dias sem comer.

Após a tragédia anunciada se materializar em dezenas de mortes, os governos (federal, estadual e municipal) sempre parecem ser muito resolutos em querer resolver os problemas, que não ocorreriam em primeiro lugar caso fossem de fato sérios com a questão.

Com informações do G1




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