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GREVE TERCEIRIZADOS UERJ | Trabalhadores terceirizados da UERJ cruzam os braços por atraso de salário

terça-feira 26 de setembro de 2017 | Edição do dia

FOTO: Greve dos terceirizados da Construir em 2015 - Daniel Ramalho/UOL

Em nota a Associação de Docentes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) informou esta tarde que os trabalhadores terceirizados que prestam serviço de limpeza na Universidade decidiram em assembleia por entrar em greve pelo não pagamento dos salários.

Estes trabalhadores terceirizados, em sua maioria mulheres negras, que executando as mesmas tarefas ganham cerca de 60% a menos que trabalhadores brancos, ainda passam pelo absurdo de trabalhar sem salário, já que desde agosto a empresa não faz o pagamento. Hoje de manhã tiveram a notícia de que não há prazo para o pagamento e em seguida decidiram cruzar os braços.

Depois da assembleia que deliberou a greve uma comissão de trabalhadores e um representante do Sindicato do Asseio foram recebidos pela reitoria da UERJ que justificou o atraso dos salários graças ao não repasse de verbas do governo que vem sucateando a estrutura e o corpo de funcionários.

Segundo a empresa APPA responsável pelo serviço e pagamento dos trabalhadores, a Universidade só fez o pagamento uma vez desde o começo do contrato em agosto de 2016.

O cenário de crise em que se encontra a UERJ permite que o trabalho terceirizado que já é absurdamente precário se torne semi escravo. Se o governo do Estado, junto ao governo federal que enquanto descarregam a crise nas costas dos trabalhadores e ainda recomendam acabar com o ensino superior publico são culpados, as empresas terceirizadas, onde seus donos lucram com a superexploração do trabalho dos funcionários com dinheiro publico, também estão longes de ser inocentes.

A luta em defesa do ensino publico passa pela exigência por mais verbas publicas para uma educação publica, de qualidade, que extrapole os muros de uma minoria de jovens filhos da classe trabalhadora em suas salas e nunca mais permita a humilhação dos trabalhadores terceirizados, que precisam receber seus salários e ter direitos iguais a todos os outros trabalhadores




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