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TRABALHO ESCRAVO | Trabalhadores em situação degradante são resgatados no Pará

Os trabalhadores não possuíam registro formal, recebendo um salário inferior ao salário mínimo e vivendo em condições insalubres sem alimentos e água tratada. A água que os trabalhadores bebiam possuía coloração barrenta e era filtrada por eles próprios com panos. Dormiam em redes em varandas abertas expostos aos animais da mata próxima. Alguns deles dormiam sobre tábuas, dividindo o espaço com cachorros e galinhas.

quarta-feira 31 de janeiro de 2018 | Edição do dia

Cinco trabalhadores em condições de trabalho escravo foram resgatadas no sul do Pará, em São Geraldo do Araguaia, justamente no mês em que se celebra o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.

Os trabalhadores não possuíam registro formal, recebendo um salário inferior ao salário mínimo e vivendo em condições insalubres sem alimentos e água tratada. A água que os trabalhadores bebiam possuía coloração barrenta e era filtrada por eles próprios com panos. Dormiam em redes em varandas abertas expostos aos animais da mata próxima. Alguns deles dormiam sobre tábuas, dividindo o espaço com cachorros e galinhas.

O proprietário da fazenda e empregador foi obrigado a pagar uma indenização apenas por “danos morais individuais” devido à condição degradante a qual submeteu seus empregados, não sendo diretamente acusado de ter empregado mão de obra escrava, tal como deveria.

O número de operações realizadas em 2017 para erradicar o trabalho escravo no Brasil caiu em 23,5% em relação aos anos anteriores.

Não é surpresa que ainda haja trabalho escravo, no Brasil, um país em que houve escravidão do povo negro por séculos ainda deixa rastros de um período desumano e lucrativo ao capitalismo. E ainda hoje este tipo de prática é incentivada pelo governo, o que fica evidente com a portaria adotada pelo governo Temer no ano passado, que tem como objetivo enfraquecer a fiscalização contra o trabalho escravo, aumentar a burocracia envolvida na denuncia e tornar política a decisão de aplicar punições à empresas que forem pegas empregando mão de obra escrava.




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