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CORREIOS | Trabalhadores dos Correios se preparam pra luta por seus direitos e contra a privatização

O indicativo de greve para 10/09 a partir das 22h será debatido e votado em assembleias em todo o país contra os ataques do governo Bolsonaro.

terça-feira 10 de setembro de 2019 | Edição do dia

Os trabalhadores dos Correios estão sem um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente. O acordo anterior expirou, e a intransigência da empresa em negociar um novo acordo impede qualquer avanço nesse sentido. Sendo assim, direitos como pagamento de vale-alimentação e vale-refeição, convênio médico não estão garantidos.

A empresa ofereceu como única proposta a imposição de um acordo que consiste apenas em retirada de direitos, adequando o ACT à reforma trabalhista. A proposta inclui a retirada de vales nas férias e do vale extra de Natal, fim do vale-cultura, aumento no compartilhamento dos vales alimentação e diminuição da quantidade de vales, redução no pagamento de férias, diminuição do adicional noturno, redução do descanso remunerado, entre outros. Além disso o reajuste salarial seria de apenas 0,8%.

Tudo isso vem junto com a inclusão da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) num plano de estudos para sua privatização, como parte do enorme pacote de privatizações com o qual o governo pretende entregar 17 estatais avançando na agenda do golpismo de submissão da economia nacional.

Veja mais: Bolsonaro e Guedes querem privatizar Correios, uma das mais importantes estatais do país

A atual direção tem se negado a negociar, e se negou a prorrogar a vigência do ACT anterior enquanto não se fecha um novo, aumentando o estado de insegurança ao qual já estão submetidos os trabalhadores.

Enquanto isso, as direções burocráticas das duas federações que dividem a categoria (FINDECT e FENTECT) seguiram negociações e chamados à luta separados, mas foram pressionadas pela base a unificar a luta, com um indicativo comum de greve para hoje, 10.

Hoje haverá assembleias trabalhadores em todo o país, que se preparam para uma grande greve contra os ataques e contra a privatização da empresa.

Os próprios trabalhadores reconhecem que será uma luta difícil porém necessária, e demonstram disposição de luta em suas unidades. Além disso, colocam espontaneamente nas conversas que o objetivo de enfrentar até o final os ataques desse governo que é inimigo dos trabalhadores, da educação, do meio ambiente, das mulheres e da juventude poderá ser plenamente alcançado se houver uma unificação das lutas, com os estudantes que lutam contra os cortes de bolsas, os trabalhadores de outras estatais que também estão ameaçados, os setores oprimidos alvos da censura bolsonarista, e cada processo de mobilização tem que ter como perspectiva essa luta comum. Por isso para barrar esses ataques de Bolsonaro e dos diversos autoritarismos é necessário batalhar por um polo anti-burocrático nos sindicatos e demais entidades de classe que se coloque a serviço de promover a unificação dessa agenda da classe trabalhadora através da convocação de assembleias em cada estrutura fomentando a autoorganização da classe trabalhadora.




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