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SAÚDE PÚBLICA DE MG | Trabalhadores da saúde se manifestaram em BH neste domingo por melhores condições para salvar vidas

Em Belo Horizonte, um grupo de trabalhadores e trabalhadoras da saúde percorreram um trecho da Praça da Estação, no centro. Durante o trajeto distribuíram máscaras para moradores de rua. Pela manhã, outros profissionais da área também fizeram um ato na Praça Sete.

segunda-feira 18 de maio de 2020 | Edição do dia

Uma das categorias que mais se arriscam para salvar vidas no combate ao coronavírus - sendo o Brasil recordista mundial em mortes de enfermeiros pela doença - fez ontem um ato nacional. A iniciativa neste domingo (17) foi por melhores condições de trabalho para a categoria, imprescindível nessa pandemia.

Profissionais de enfermagem de 12 estados do Brasil se reuniram para um ato “Dia Nacional de Valorização da Enfermagem” que foi simultâneo, em que pedem melhor remuneração, equipamentos de proteção e jornada fixa de 30 horas semanais.

Em Belo Horizonte, um grupo de trabalhadores e trabalhadoras da saúde percorreram um trecho da Praça da Estação, no centro. Durante o trajeto distribuíram máscaras para moradores de rua. Pela manhã, outros profissionais da área também fizeram um ato na Praça Sete.

A falta de EPIs e testes para os profissionais de saúde e até mesmo a não liberação dos grupos de risco, se somam e agudizam em uma situação de pandemia. São esses trabalhadores que estão colocando seu corpo na linha de frente, morrendo, correndo o risco de contaminar suas famílias e além de sobrecarregados.

Na última terça, no período em que o número de mortes pela nova doença começa a aumentar rapidamente, foi o dia da enfermagem marcado pelas diversas manifestações. Dentre as demandas, a histórica da categoria pela jornada de 30h, que é retomada agora neste ato. Os governos vieram precarizando os sistemas de saúde e não dão nenhuma saída para os trabalhadores e o povo pobre à crise atual, fecham os olhos a essa demanda elementar, apesar de a jornada de 30 horas ser recomendação até mesmo da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Sem falar do básico que não fornecem que são os EPIs e melhor remuneração.

No Esquerda Diário reproduzindo as denúncias de trabalhadores, divulgando suas batalhas e os apoiando. Também lutamos por um sistema de saúde realmente único e público, a saúde mais do que nunca não pode ser uma mercadoria. A bandeira por um sistema de saúde único estatal e controlado pelos trabalhadores deve ser levantada junto às demais demandas. Queremos nos chocar com essa lógica que coloca o lucro acima da vida impedindo que todo o sistema de saúde esteja, de imediato, centralizado e atuando de forma única.

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