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SAÚDE PÚBLICA DE MG | Trabalhadores da saúde protestam: Zema, não será a polícia a cuidar dos impactos do Coronavírus

sábado 14 de março de 2020 | Edição do dia

Foto: Leandro Couri/EM/DA Press

Nesta sexta-feira (13) as trabalhadoras e trabalhadores da saúde em Minas Gerais realizaram uma manifestação na Cidade Administrativa, sede do governo do estado, onde cantaram “manda a polícia combater o coronavírus”.

O fato, que ocorreu no momento em que a Secretaria de Estado de Saúde concedida uma coletiva de imprensa sobre o aumento dos casos em Minas, que já alcançam mais de 100 suspeitas e dois casos confirmados.

Os servidores da saúde, que se mobilizam pelo pagamento do décimo terceiro e pela recomposição salarial, tiveram que assistir que o governador Romeu Zema (Novo) concedesse um aumento aos servidores da segurança pública, que já será aplicado a partir do dia 1º de julho, enquanto vetou a recomposição para a saúde, educação, e todas as outras categorias.

Mas os servidores da saúde sabem da força que podem ter como uma categoria organizada e do caráter fundamental do serviço que prestam à população trabalhadora por meio do SUS. A epidemia do coronavírus não só expôs a precariedade da saúde em Minas e no Brasil, como também deixou bem claro que os cortes de verbas na área da saúde são uma prática criminosa que pode levar a catástrofes sociais.

A revolta dos trabalhadores da saúde é legítima, pois, enquanto alega crise financeira no estado e que o aumento impactaria negativamente nas contas públicas, Zema concede bilhões em isenção fiscal para empresas que operam em terras mineiras.

Zema fez a opção de privilegiar a polícia enquanto prejudica outras áreas de extrema importância para a população quanto a saúde, pois sabe que, diante dos ajustes que vem tentando impor desde os primeiros dias de seu governo, as forças repressivas serão uma grande aliada na tentativa de frear a revolta dos trabalhadores.




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