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USP | Trabalhadores da USP votam paralisação até a suspensão do trabalho presencial na USP

Diante da crise do coronavírus e a intransigência do reitor da USP Vahan Agopyan os funcionários da Universidade de São Paulo votaram a paralisação das atividades até que o reitor suspenda o trabalho presencial na USP em defesa da vida dos trabalhadores.

quarta-feira 18 de março de 2020 | Edição do dia

Crédito da Imagem: Sintusp

Na semana passada, a Universidade de São Paulo determinou a suspensão das aulas e atividades que aglomerassem mais de 100 pessoas na USP a partir da terça-feira 17 de março. Diversas unidades já haviam cancelado suas aulas desde a semana passada. A suspensão das aulas sem a suspensão das atividades administrativas presenciais escancarou o elitismo da universidade que mantém milhares de trabalhadores efetivos e terceirizados trabalhando e expondo-se ao risco de contágio seja no transporte público ou na própria universidade. Para o reitor da USP a vida dos trabalhadores vale menos.

Vale lembrar também que é essa mesma reitoria que mantém o Hospital Universitário referenciado, ou seja, com os prontos-socorros fechados à população e que tem avançado no sucateamento do hospital, além de lançar diversas tentativas para abertura da segunda porta, ou seja o atendimento à convênios em detrimento da população.

Marcello Pablito, funcionário do bandejão da USP declarou:

“É escandaloso e ultrajante o tratamento que a reitoria da USP tem dado aos milhares de trabalhadores desta universidade. Nos colocam, sobre nossos ombros, a decisão entre defender a nossa saúde e a nossa vida e dos nossos familiares ou o salário do qual dependem nossos filhos, nosso sustento. Os governos prepararam essa crise, privatizando a saúde, sucateando os hospitais, não contratando médicos e enfermeiros. Para eles o lucro dos patrões vale mais que nossas vidas. A reitoria da USP, de forma criminosa tem desmontado o hospital universitário, congelando contratações e fechando o atendimento para a comunidade USP e a população. Agora o reitor anuncia que a USP não vai parar!

Nós trabalhadores da USP dizemos, temos que parar! É fundamental que as unidades que votaram a paralisação se mantenham organizadas, elegendo delegados para o comando de greve e que os ativistas da categoria ajudem a organizar as reuniões de unidade nas unidades que ainda não paralisaram, para exigir a paralisação de todas as atividades presenciais, inclusive das trabalhadoras terceirizadas e que sejam os trabalhadores a definir um plano de contingenciamento para as atividades verdadeiramente essenciais.

Precisamos fortalecer a organização e unidade da categoria em defesa da nossa saúde e das nossas vidas, exigindo também contratações emergenciais e urgentes para o Hospital, para que ele funcione a pleno vapor sem colocar em risco a segurança e saúde dos profissionais da saúde e dos serviços essenciais.”




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