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MUNDO OPERÁRIO | Trabalhadores da USP paralisam pela liberação imediata do trabalho

Nessa quarta feira, 18/03, trabalhadores da Universidade de São Paulo realizam paralisações exigindo da reitoria liberação imediata do trabalho, frente ao fato de que as aulas para professores e estudantes já foram liberadas. Nós da Juventude Faísca e do Esquerda diário estivemos lá para prestar nosso apoio e solidariedade.

quarta-feira 18 de março de 2020 | Edição do dia

Com ações em algumas unidades como o Bandejão Central e da Física o dia amanheceu com paralisações e um clima de indignação muito forte entre vários trabalhadores. O fato é que desde o decreto do Governo estadual para a suspensão das atividades docentes e discentes presenciais nas universidades estaduais paulistas as reitorias acataram a decisão, que aliás não passou por nenhum órgão que permitisse a comunidade da USP decidir os termos dessa suspensão de atividades e ferindo claramente a autonomia universitária.

Muitos podem pensar: “Mas qual o problema da decisão ser tomada de tal forma? Afinal é elementar que em um local com tanta circulação de pessoas, muitas delas em grupo de risco, e com casos confirmados na universidade que sejam suspensas as atividades”. Isso é um fato, porém o problema da decisão não ser tomada pelo conjunto da comunidade abre espaço para medidas arbitrárias e absurdas como a da reitoria da USP em que libera seus professores e estudantes, mas que mantém trabalhadores efetivos e terceirizados sendo obrigados a se exporem ao risco de contaminação. O bandejão é um local de alta circulação de pessoas, pra além das condições exaustivas de trabalho que podem caracterizar um risco enorme para muitos trabalhadores de maior idade. Além da reitoria não tomar medida alguma de ampliação da capacidade de atendimento do Hospital Universitário sobrecarregando o já muito debilitado quadro de funcionários expostos ao vírus e um nível de estresse altíssimo.

Nós da Juventude Faísca, junto a companheiros trabalhadores do Movimento Nossa Classe estivemos junto as ações nessas unidades, discutindo a importância da mobilização independente, que exija da reitoria igualdade no tratamento em relação aos dois outros setores já liberados, com dispensa remunerada e sem corte de salário. Exigindo a contratação emergencial de mais trabalhadores pro Hospital Universitário para que atenda a toda comunidade incluindo os moradores da São Remo (comunidade vizinha a USP) e dos trabalhadores terceirizados.

Alias esse é um outro tema com o qual temos dado batalhas importantes, a terceirização segrega os trabalhadores na universidade e retira direitos muito básicos como o de locomoção, assistência médica e até mesmo alimentação! É preciso batalhar pelo fim da terceirização, com a efetivação de todos esses trabalhadores essenciais ao funcionamento da universidade sem necessidade de concurso público. Como medida imediata é preciso exigir a liberação dos mesmos, com remuneração integral e a garantia de não punição e perseguição como transferência de unidades e demissões massivas.




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