quarta-feira 1º de fevereiro de 2017 | Edição do dia
A manifestação dos servidores contra o pacote de ataques de Pezão e Temer teve forte peso dos trabalhadores da Companhia estadual de Água e Esgotos. Os trabalhadores da CEDAE vieram de todo o estado do RJ e compareceram em peso na manifestação que contou com milhares de servidores e foi reprimida duramente pela polícia de Pezão. Por todo o ato era possível ver as camisetas azuis dos trabalhadores, com os dizeres “Cedae privatizada, quem paga é você. Água é saúde, é vida, não é mercadoria.” A privatização da Cedae será discutida no dia 07 e votada no dia 09 na ALERJ.
Essa será a realidade caso a ALERJ aprove o plano de Pezão para privatizar esta empresa pública que presta um serviço tão essencial para o povo do estado do Rio. Em primeiro lugar, quem sofrerá com isto são os trabalhadores e o povo pobre do Rio, que terão que arcar com o aumento de tarifas de água. Além disto, uma empresa privada não terá a mínima responsabilidade de ampliar a rede de saneamento básico, que em 2015 chegava apenas a 38,87% dos 64 municípios do Rio aonde a Cedae opera, por culpa da falta de investimento dos governos estadual e federal, que preferiram injetar verba em obras que hoje são investigadas por superfaturamento.
Com a privatização da Cedae, direitos mínimos como são a água e o saneamento básico serão tratados diretamente como mercadoria, por uma empresa que não tem obrigação nenhuma com o povo carioca, exceto lucrar em cima de necessidades tão básicas. Por isto, quando entrevistado, o trabalhador Jubell Conceição afirmou que “a água é do povo”. Veja abaixo a entrevista ocorrida durante a dura de repressão de Pezão da Alerj contra os servidores:
Só com a privatização da CEDAE, serão cerca de 6 mil trabalhadores afetados caso a ALERJ vote sua privatização. O termo de compromisso de Temer e Pezão, que inclui a venda da CEDAE, serão discutido no dia 07 e está anunciado para ser votado no dia 09 deste mês, e é um verdadeiro ataque aos trabalhadores e o povo pobre carioca.
Em nome de permitir ao governo estadual que possa contrair novos empréstimos, Temer exige que a Cedae seja alienada (vendida). Sua venda e a arrecadação futura dos royalties serviria como garantia para o governo estadual fazer novo empréstimo, um mecanismo totalmente ilegal já que o governo do estado estourou todas suas contas. Estão fazendo tudo isso para manter os altos salários dos políticos dos políticos, as isenções fiscais às empresas, e o pagamento da dívida pública já que o acordo com Temer, se aprovado na Alerj e no congresso, suspenderia apenas uma pequena parte do pagamento da Dívida Pública e alguns encargos do governo estadual com a União. Mas isso apenas em nome de poder se endividar ainda mais.
Além disso, o ataque vem em conjunto com um plano de incentivo às demissões de celetistas, como é o caso dos trabalhadores da Cedae, além de dobrar por três anos a cota previdenciária dos servidores do Estado. Um brutal ataque do governo, junto com Picciani que foi reeleito chefe da Alerj no dia de hoje, e para isto usam da força policial para reprimir covardemente os servidores. A Cedae é do povo, não vamos aceitar privatizá-la!
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