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Precarização | Trabalhadoras terceirizadas das escolas em Campinas entram em greve e fazem ato contra calote da Especialy

As trabalhadoras terceirizadas das escolas municipais de Campinas, responsáveis pela limpeza, estão em greve contra o calote da empresa Especialy, que não pagou o salário desse mês e de forma recorrente, atrasa vale alimentação, refeição e vale transporte. A prefeitura de Dário também é responsável!

quarta-feira 9 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

Linha de frente no combate à pandemia, as trabalhadoras terceirizadas da limpeza colocam suas vidas e de seus familiares em risco todos os dias, para garantir o protocolo sanitário das escolas municipais de Campinas e as aulas acontecerem.

Enfrentam ônibus lotados, trabalham muito longe de casa e recebem salários baixíssimos, cada vez mais insuficiente para necessidades básicas frente ao aumento dos alimentos, das conta de luz e de água, do aluguel e dos remédios.

Ainda assim, como reflexo direto da precarização do trabalho e da superexploração causada pela terceirização dos serviços, as trabalhadoras têm que lidar todo mês com atrasos no pagamento do salário, vale alimentação, vale refeição e vale transporte. Muitas vezes, acabam pagando para trabalhar.

Essa realidade, provocada pela empresa Especialy, é ainda mais gritante nesse mês, quando até hoje não pagaram o salário e sequer deram alguma satisfação às trabalhadoras que tiram seu sustento dessa renda.

A Especialy, assim como outras empresas terceirizadas, aumentam seus lucros pagando pouco, dando calote nas trabalhadoras, contratando uma pessoa para o serviço de três pessoas ou mais, enquanto recebem repasses milionários da prefeitura de Dário Saadi (Republicanos).

Elas ainda denunciam que o FGTS não está sendo repassado para as contas. Veja algumas denúncias:

Mostrando que esse não é um caso isolado, mas um modo de operação da empresa, onde a ganância capitalista vale mais que os direitos mais básicos dos trabalhadores, há relatos de outras cidades em que a empresa que atua no Sudeste, Sul e Centro-Oeste, também não realiza os pagamentos:

Sequer as trabalhadoras demitidas, tiveram seus direitos garantidos:

Esse é o retrato da terceirização do trabalho: precarização e falta de direitos, chegando ao absurdo do não recebimento dos salários, situação aprofundada pela reforma trabalhista.

As trabalhadoras que enfrentam sobrecarga de trabalho e todos esses atrasos, estão paralisadas hoje e em ato em frente à prefeitura, reivindicando seus direitos. Especialy e também a prefeitura de Dário são responsáveis por essa situação! Pelo pagamento imediato de todos os direitos!

Nós do Esquerda Diário, do Nossa Classe Educação e do grupo de mulheres Pão e Rosas estaremos ombro a ombro com essas trabalhadoras na luta pela garantia dos seus salários e direitos, e defendemos a efetivação de todas as terceirizadas, que já comprovam a importância e a competência do seu trabalho há anos no chão da escola, sem necessidade de concurso público, como medida essencial para enfrentar a terceirização que quer dividir nossas fileiras, precarizar as condições de trabalho e expor as trabalhadoras a situações humilhantes como essa, de não receber pelo trabalho realizado.

Veja fala do professor Guilherme, do Nossa Classe, em apoio às terceirizadas:

Chamamos todos os professores e trabalhadores da educação a se somarem nessa luta das terceirizadas, aos parlamentares e organizações de esquerda a disponibilizar todas suas forças para que as trabalhadoras tenham suas demandas imediatamente atendidas.




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