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PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO | Trabalhadoras terceirizadas da PUC-RIO estão sem máscaras e vale-alimentação

Em meio à pandemia do coronavírus, a Angels, empresa terceirizada, com a conivência da PUC-RIO, não garante condições mínimas para aqueles que seguem trabalhando e corta o vale-alimentação para os trabalhadores.

Faísca Revolucionária@faiscarevolucionaria

terça-feira 5 de maio de 2020 | Edição do dia

Imagem: Invisíveis

A crise do coronavírus mostra a crueldade da terceirização. Em meio a uma doença que está matando tanta gente, trabalhadores terceirizados da PUC Rio estão trabalhando sem necessidade e sem o uso de EPIs. Além disso, há denúncias de que empresa Angels suspendeu o vale alimentação dos trabalhadores que estão em casa por serem do grupo de risco e também aqueles que estão fazendo o rodízio.

Há muito tempo mostramos o quão precário é o trabalho dos terceirizados, em sua maioria composto por mulheres negras e em meio a pandemia do covid-19, o ataque a essas trabalhadoras tem se agravado ainda mais. Veja denúncia do Coletivo Trabalhadores da PUC-RIO:

Mesmo sem aula e com a redução dos funcionários na faculdade, os trabalhadores terceirizados continuam trabalhando normalmente e ainda sem a utilização dos equipamentos necessários para combater contaminação e propagação do coronavírus, como máscara e luvas.

Um ataque ainda mais desumano é com os funcionários que são do grupo de risco que trabalham na empresa Angels, eles alegam que desde o afastamento do trabalho, a empresa se nega a pagar o vale alimentação para essas pessoas. Sabemos que muitos funcionários necessitam desse vale para alimentar seus familiares. Isso escancara que a empresa só se preocupa com o seu próprio lucro.
Até agora nem o representante da empresa, nem a reitoria da PUC-RIO se manifestaram para esclarecer o que está acontecendo. A verdade é que essas empresas querem jogar a crise nas costas dos trabalhadores. Segundo o coletivo Trabalhadores da PUC-RIO, a PUC-RIO estaria pagando em dia e a empresa Angels atrasa mesmo assim os vale-alimentação e não garante EPI´s. O grupo Invisíveis também denunciou a situação:

Chamamos todos os CA´s e o DCE a se somarem a luta para que os trabalhadores terceirizados tenham o direito a preservar suas próprias vidas. Exigimos que a reitoria intervenha e garanta mascaras e luvas para essas trabalhadoras, já que a empresa assim não o faz. Além do pagamento imediato do vale-alimentação cortado para que ninguém passe fome pela mesquinharia dos empresários.

Nos últimos dias, a PUC-RIO enviou e-mails de reavaliação socioeconômica para as bolsas institucionais. A justificativa é que estariam cortando de quem não precisa para garantir o pagamento dos funcionários. A tentativa da universidade é de que os bolsistas paguem pela crise sem qualquer transparência quanto a suas próprias contas.

Contra a ameaça de cortes de bolsas, pela abertura das contas e liberação dos funcionários terceirizados com igual remuneração e toda a segurança para aqueles que seguem trabalhando!




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